Isolamento leva o PSL a se igualar a partidos maiores em palanques nos estados
O despreparo do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que poderia impedir o crescimento de sua candidatura, pegou carona no isolamento imposto pela maioria dos partidos políticos e exigiu a formalização de palanques ao governo em 13 estados, como no Espírito Santo, superando a marca de partidos maiores, como MDB, PSDB e PT.
Caso não ocorram mudanças até o próximo dia 15, esses partidos terão, em nível nacional, respectivamente, 12, 13 e 14 candidatos aos governos estaduais, como aponta levantamento divulgado pela Folha de S.Paulo.
No Estado, além do palanque do PSL, contribui para esses números apenas a candidatura do PT de Jackeline Oliveira Rocha, um quadro desconhecido do mercado político. Já o MDB, do governador Paulo Hartung, e o PSDB, do vice-governador César Colnago, sequer lançaram chapa ao governo, entrando apenas em coligações para concorrer às eleições proporcionais, de deputados estaduais e federais.
Das candidaturas do nanico PSL nos estados, a chapa lançada no último sábado (4) do deputado federal Carlos Manato na cabeça, coligada com o PR do senador Magno Malta, que aparece à frente das pesquisas, e o PRB do deputado estadual Amaro Neto, é considerada a mais competitivas do partido, ao lado de Antonio Denarium, em Roraima.
O PSL possui somente oito dos 594 deputados federais e, nas eleições de 2014, lançou um candidato a governador, no Rio Grande do Norte, acabando em último lugar, com 13 mil votos dados ao advogado Araken Farias.
O crescimento do partido é creditado ao ingresso de Jair Bolsonaro na sigla, em 2017, e segue no vácuo de seus movimentos, que agrada à camada ultra- conservadora da sociedade, dentro de conceitos de extrema-direita, incluindo a área militar, público-alvo do presidenciável nos 26 anos de atuação na Câmara dos Deputados.
Nesse período, a maioria de seus projetos se relaciona a pensões, aposentadoria e outros benefícios aos militares, sem nenhuma atuação voltada paras as causas sociais e direitos trabalhistas. O presidenciável também tem se notabilizado por declarações preconceituosas a mulheres, negros e povos indígenas.
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