Derrotado no primeiro turno, Jean Milhorato afirma que fechou com a sindicalista
Em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, o Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) vai ter segundo turno, com Joana Darck Caetano e Eliz Altoé na disputa pela Presidência do diretório municipal. O grupo de Jean Milhorato, candidato derrotado no primeiro turno, já definiu sua posição: apoiará Joana Darck.
“Decidimos apoiar a Joana Darck pelo seu histórico de lutas no partido. Respeito muito a outra candidatura, que também tem história de luta no partido, mas neste momento foi unânime nossa decisão. Nosso grupo é majoritariamente sindicalista em todo Estado, e Joana também é sindicalista, e isso foi um dos fatores determinantes para esse apoio”, explica Jean.
Assessor da deputada federal Jack Rocha, candidata derrotada na eleição para presidente estadual do PT, Milhorato faz parte da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no Partido dos Trabalhadores a nível nacional – tendo inclusive eleito o novo presidente nacional, Edinho Silva, com apoio do presidente Lula.
Nas últimas edições do PED, a CNB vinha se alinhando no Estado com a Alternativa Socialista (AS). Neste ano, a AS mudou de posição e decidiu se articular com o campo de oposição Pra Voltar a Sonhar (PVS). Em Cachoeiro, esse acordo não prevaleceu, e o PED teve três candidatos a presidente no primeiro turno.
Eliz Altoé é da Alternativa Socialista, e conta com o apoio do atual presidente do diretório municipal, o ex-prefeito Carlos Casteglione. Joana Darck, por sua vez, se declara independente em relação a correntes internas do partido, mas representa o PVS na eleição – ou seja, a CNB acabou abraçando o campo de oposição no segundo turno.
“Somente o PT faz isso. Esta disputa interna sempre fortalece o partido. Depois do PED, estaremos juntos novamente, não existem derrotados. E me sinto honrado em ter disputado com duas mulheres”, comenta Jean Milhorato.
Joana Darck é professora do ensino médio e presidente Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do Sul do Estado (Sitesci). Ficou como suplente de vereadora em 2008 e assumiu uma cadeira na Câmara Municipal por dois meses, além de ter sido secretária de Cultura no segundo mandato de Carlos Casteglione (2013-2016). Já Eliz Altoé é assistente social e coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) Pedro Reis. Foi candidata a vereadora em 2024, mas não se elegeu.
