Terça, 07 Mai 2024

Júri de Pagotto pode afetar palanque tucano em Vitória

Um forte elemento pode entrar na disputa eleitoral em Vitória este ano. No próximo dia 20 de agosto, o empresário e ex-militar Sebastião Pagotto vai a júri popular, acusado de ser o mandante da morte do advogado Marcelo Denadai, em 15 de abril de 2002. Para os meios políticos, a realização do júri durante o período eleitoral traz um prejuízo para a candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e pode se tornar uma arma na mão dos adversários do palanque tucano.



O julgamento chegou a ser desmembrado, mas a ida de Pagotto a júri foi mantida para o dia 20 de agosto, véspera do início das propagandas eleitorais no rádio e na TV. Dependendo do desenrolar do julgamento, o episódio poderá servir de material pelos adversários de Luiz Paulo, relembrando denúncias de irregularidades em contratos na prefeitura, que teriam se iniciado na gestão de Paulo Hartung (PMDB) e abafados nos dois mandatos de Luiz Paulo na prefeitura.



Denadai foi morto a tiros enquanto caminhava na Praia da Costa, em Vila Velha. No dia seguinte, ele faria queixa-crime sobre as fraudes que estariam acontecendo na prefeitura da Capital à Justiça. Ele era irmão do ex-vereador Antônio Denadai, que presidia à época uma comissão de investigação para verificar as supostas irregularidades nos contratos da Hidrobrasil – empresa de Pagotto. A pedido do então prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), a comissão foi suspensa pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES), em decisão do desembargador Álvaro Bourguignon.



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a reformar a decisão, determinando a reabertura das investigações. Quando o processo voltou ao âmbito municipal, o ambiente político na Câmara de Vereadores já havia se modificado e a comissão nunca chegou a ser reaberta.



Além de jogar luz sobre o abafamento da CPI da Lama, o caso Denadai trará de volta um crime de repercussão nacional, que já se arrasta por 10 anos, e que teve ao longo desse período assassinatos de testemunhas e investigação federal no histórico.



Entre os principais adversários de Luiz Paulo, que lidera a corrida eleitoral, não há perfil de denuncismo nem por parte da petista Iriny Lopes (PT), nem do deputado estadual Luciano Rezende (PPS). Mas a própria repercussão do caso pode mexer com a memória do eleitor.





 

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