Segunda, 06 Mai 2024

Lideranças partidárias exigem desocupação imediata da Assembleia Legislativa

Lideranças partidárias exigem desocupação imediata da Assembleia Legislativa
Nesta terça-feira (9) completam oito dias que mais de 100 pessoas ocupam a Assembleia Legislativa do Estado. Os manifestantes afirmam que só deixam o prédio quando o projeto de decreto legislativo do deputado Euclério Sampaio (PDT), que propõe o fim da cobrança do pedágio da Terceira Ponte, retornar à pauta de votação. 
 
 
Nesta segunda-feira (8), recorrendo a mais uma estratégia para esvaziar o protesto, nove lideranças partidárias enviaram uma carta ao presidente da Assembleia, deputado Theodorico Ferraço (DEM). No documento, as lideranças partidárias, que teriam tido o apoio de mais seis deputados, pedem o “restabelecimento da ordem”, mesmo que para isso seja necessário “tomar medidas legais cabíveis”. Leia-se reintegração de posse, que costuma terminar com cenas covardes de violência por parte da força policial contra manfestantes indefesos.
 
A carta, que já está com o deputado Ferraço, deverá ser analisada pela Mesa Diretora que, em reunião com os manifestantes na última quinta-feira (4), se comprometera a retomar as sessões tão logo o grupo deixasse o gabinete da presidência e se mudasse para uma área não administrativa, que não afetasse o funcionamento da Casa.
 
Na sexta (5), para não atrasar a votação do decreto - como alertaram os deputados que integra a Mesa Diretora -, os manifestantes deixaram espontaneamente o gabinete de Ferraço e passaram a ocupar o restaurante da Assembleia. 
 
Contrariando o clima de ocupação, que tem sido pacífico – hoje (8) inclusive os manifestantes preparam um café da manhã para recepcionar os servidores da Casa -, os signatários da carta alegam que não há “segurança para manutenção das sessões ordinárias”. 
 
Na carta, eles advertem que os manifestantes, via redes sociais, já avisaram que vão manter a ocupação até que o projeto seja votado. Os deputados afirmam que o protesto dentro da Casa é “injusto e ilegítimo” e que tira a liberdade dos parlamentares para efeito de votação das matérias. Eles acrescentam ainda que a Assembleia do Espírito Santo é a única ocupada do país.
 
Além da desocupação imediata, os 15 deputados pedem que e expediente na Assembleia e consequentemente as sessões sejam suspensas até que o prédio do legislativo seja totalmente desocupado pelos manifestantes. 
 
A Assembleia está ocupada desde a última terça-feira (2), após os manifestantes que acompanhavam a sessão que votaria o projeto do deputado Euclério, que propõe o fim da cobrança do pedágio na Terceira Ponte, ser obstruído pelo deputado Gildevan Fernandes (PV), que se valeu da manobra de pedir vista para evitar a votação. 
 
Saiba quais são as lideranças que assinaram a carta:
 
Gildevan Fernandes (PV)
Elcio Alvares (DEM)
Cacau Lorenzoni (PP)
Dary Pagung (PRP)
Freitas (PSB)
Luiza Toledo (PMDB)
Josias Da Vitória (PDT)
José Carlos Elias (PTB)
Jamir Malini (PTN)
 
Além das lideranças, teriam apoiado o documento os deputados Sérgio Borges (PMDB), Glauber Coelho (PR), Sandro Locutor (PV), Aparecida Denadai (PDT), Marcelo Santos (PMDB) e Luiz Durão (PDT). 

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