Sábado, 18 Mai 2024

Luiz Paulo terá dificuldade na eleição de deputado federal

Luiz Paulo terá dificuldade na eleição de deputado federal
A imposição do presidenciável tucano Aécio Neves para que o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas dispute a eleição de deputado federal é um risco diante do cenário eleitoral que se desenha para este ano. A última vitória de Luiz Paulo em eleição foi em 2006, quando obteve cerca de 35 mil votos para a disputa à Câmara de Deputados na Capital. De lá para cá, houve defasagem de capital pelas derrotas acumuladas para o governo do Estado em 2010 e para a Prefeitura de Vitória em 2012. 
 
O palanque ao lado do PMDB não garante a eleição do tucano. Além do desgaste natural das derrotas acumuladas, a Capital oferece uma gama de candidatos na disputa que pulverizam os votos. Como o capital político de Luiz Paulo é muito restrito à Grande Vitória, fica difícil garantir a quantidade de votos necessária. 
 
Além disso, o retorno do tucano ao projeto de disputa proporcional, como foi colocado no início do processo eleitoral, retoma a disputa municipal que será travada contra o grupo do  prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que vai impulsionar a candidatura do presidente da Câmara de Vereadores, Fabrício Gandini (PPS), como forma de garantir o controle político no município e atender à determinação da nacional de aumentar a bancada do partido na Câmara dos Deputados. 
 
Outro obstáculo é o fato de o nome mais bem cotado no mercado pelo PSDB para a eleição de deputado federal ser o do ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, que pode chegar à marca de 40 mil votos só no município para a disputa deste ano, segundo observadores. 
 
A chance de Luiz Paulo será o ex-governador Paulo Hartung abrir uma vantagem confortável em relação ao governador Renato Casagrande. Isso permitirá que ele se dedique à elaboração de sua base. Como Max Filho é desafeto do ex-governador, ele pode inflar outros candidatos da coligação para tentar esvaziar a campanha de Max Filho. 
 
Neste sentido pode “por a mão” em Luiz Paulo na Grande Vitória e em Guerino Balestrassi no interior. A princípio, o interesse proporcional de Hartung segue em reeleger o aliado Lelo Coimbra, do PMDB. 
 
A movimentação de Luiz Paulo é um reflexo de seu perfil flexível e transigente, sobretudo em relação aos interesses do ex-governador, mesmo que essas decisões tenham prejudicado o ex-prefeito na conjuntura recente do Estado e enfraquecido o partido. 
 
Baixa 
 
A ingerência da nacional no processo no Estado ocasionou um mal-estar com a militância do PSDB, principalmente em relação à juventude, e já levou a uma importante baixa para o partido, com a saída de uma das pessoas mais próximas do ex-prefeito, o coronel Sérgio Aurich.
 
Ex-secretário de Segurança do governo Max Mauro e comandante da PM no mesmo período, Aurich comandou o gabinete militar no primeiro mandato do ex-governador Paulo Hartung. Ele inha uma postura contrária à costura que foi fechada com o PMDB. O coronel disponibilizou o nome em momento muito difícil do PSDB, no início das costuras para esta eleição. 
 
O partido precisava de um candidato a senador para alavancar o palanque de Aécio Neves no Estado. Ele assinou o livro de candidatura, assinalando que só desistiria da disputa em favor da colocação do nome de Luiz Paulo para a disputa ao Senado. Com a costura com o PMDB, Luiz Paulo foi levado a tirar o nome da disputa, o que criou o mal-estar no grupo. 
 
A saída de Aurich reflete a insatisfação da maioria do partido em relação à decisão de apoiar o palanque de Hartung. A decisão, embora abonada pela maioria dos convencionais, ocorreu após manobras do presidente do partido, César Colnago, com o presidente nacional do partido e presidenciável, Aécio Neves. 

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