Em discurso no Senado nessa segunda-feira (4), o senador Magno Malta (PR) criticou a reforma da Previdência nas redes sociais. Para o parlamentar, a reforma é “draconiana”. Ele comparou a reforma de Temer à do PT de Lula. Malta disse que a reforma da Previdência não sai nem da Câmara dos Deputados.
Segundo o senador, no governo Lula também houve uma tentativa de impor que o Senado aprovasse a reforma previdenciária sem alteração, do mesmo jeito que ela veio da Câmara, como Temer tenta fazer agora. Ele salientou que o Senado não pode abrir mão das suas prerrogativas. Disse que essa tentativa de atropelar o Senado era “um acinte do Executivo”.
Em seguida, Malta usou o mesmo argumento para justificar por que não votou pela aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ele repetiu que o Senado não pode abrir mão de emendar. E voltou a falar que quer garantias sobre os seis vetos prometidos por Temer ao texto da Câmara. Malta chegou a dizer que só votará a favor da reforma quando o presidente assegurar os vetos por meio de Medida Provisória.
Malta, mais uma vez, recorre ao oportunismo para confundir seus seguidores. Com relação à reforma trabalhista, diferentemente do que alguns entenderam, o senador é a favor. Quando ele exige a formalização dos vetos, quer “jogar para a plateia”. Mostrar que não confia no presidente Temer. É uma maneira de desvincular a reforma do presidente. Estratégia usada pelo PSDB do senador Ricardo Ferraço que, aliás, na condição de relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos, também tenta desesperadamente separá-la de Temer.
O posicionamento de Malta, de fato, confunde a sociedade. Mas o senador é a favor da reforma trabalhista. Ele defende que a reforma vai fortalecer quem gera empregos. O parlamentar também nega que a flexibilização possa prejudicar o trabalhador. “É má-fé dizer que a reforma está retirando direitos dos trabalhadores”. Em seguida, ele citou o décimo terceiro salário, férias e FGTS e perguntou se esses direitos estavam sendo retirados.
Quando Magno Malta diz que a reforma da Previdência é “draconiana” e que não passa nem na Câmara, ele está fazendo a leitura antecipada de uma tese que vai ganhando força nos corredores do Congresso. Com o desgaste crescente do governo Temer, muitos deputados e senadores duvidam que o presidente tenha fôlego para aprovar a reforma da Previdência, muito mais complexa e desgastante para um governo que perde prestígio político a cada dia.
Os comentários dos seguidores de Magno Malta nas redes sociais, mais uma vez, comprovam que o senador está se esmerando na arte de confundir seus interlocutores. Enquanto uma parcela elogia o senador por “ser contra as reformas”, outra parte o critica pela sua posição favorável às mudanças trabalhistas. Mas há ainda outro grupo que entendeu a manobra do senador e exprime esse sentimento nos comentários.
Leiam abaixo alguns comentários:
Senador Magno malta não utilize a palavra de Deus em vão, para fins político, essa reforma trabalhista com certeza vai retirar direitos dos trabalhadores.
Senador assume logo que você é a favor dessas reformas e que apóia esse governo e para de bla, bla, bla VI ficar mais bonito, e te falo mais uma está perdendo a credibilidade que você tinha se que tinha.
Ladainha…..quem apoia reforma trabalhista , tambem apoia da previdência, pois as duas tem que ser aprovadas em conjunto….recomendações do Governo TEMER……O nobre senador está fazendo joguinho para TEMER chamar para a conversa..
ssa reforma é uma covardia com o povo brasileiro, eles roubam a nação e querem tirar dos mais pobres, o povo está passando fome senador, não está dando pra viver.
Para com a hipocrisia senador, você sabe que o país necessita desta reforma. Principalmente a TRABALHISTA. Sem esta reforma as empresas não tem como oferecer emprego. Pois a vida de alguns picaretas é colocar as empresas na justiça e isso incomoda o mercado.
Tá pisando feio na bola senador. O sr. É confuso. Precipitado. Não é momento para isso. Estamos num momento de ruptura que exige coragem senador. Caiu no meu conceito nessa exigência pseudo cautelosa.