​Manato vota em Vitória com pequeno grupo de apoiadores

O candidato ao governo, Manato (PL), votou por volta das 10 horas deste domingo (30), em um colégio particular em Jardim da Penha, Vitória, onde chegou junto com sua esposa, a deputada federal não reeleita Soraya Manato (PTB), e um pequeno grupo de apoiadores. "As expectativas são as melhores possíveis. A eleição está muito calma, fora em alguns lugares que estão distribuindo material 22 e 40, mas a política está agindo", afirmou o candidato, em referência à associação de alguns cabos eleitorais de seu candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PL), e seu adversário na disputa pelo governo, Renato Casagrande (PSB), que concorre à reeleição. 

No primeiro turno, o atual governador teve 46,9%, dos votos contra 38,4% do adversário. Durante o segundo turno, a principal estratégia de Manato para tentar virar o jogo foi colar o voto do governo com o da presidência, já que Bolsonaro teve 52% dos votos no Estado, mais do que Lula (PT), que ficou 40,4%. Já Casagrande, embora tenha declarado voto em Lula, não participou ativamente de sua campanha e contou com apoio de prefeitos, deputados e outros aliados que declaram apoiar sua reeleição e a reeleição do presidente de extrema-direita.

Antes de entrar na seção eleitoral, o candidato do PL citou que havia três pesquisas de institutos que lhe dariam vitória, entre eles os institutos Leia-se e Veritá. Nas outras afirmou que havia empate técnico. Nesta semana, porém, Casagrande também apareceu em primeiro, pelo Instituto Perfil. Já a pesquisa Ipec divulgada nesse sábado (29), véspera do pleito, cravou 53% para Casagrande e 47% para Manato, no limite da margem de erro. 

Sobre os últimos dais de campanha, Manato destacou o trabalho voluntário de seus apoiadores e estimou que no sábado (29), cerca de 15 mil veículos participaram de carreatas em favor de sua campanha no Estado. "A nossa candidatura veio do povo, o povo que tocou a campanha, eles iam para a rua voluntariamente. O outro usou a máquina, era prefeito obrigando os outros a fazer [campanha], muito uso da máquina, muita narrativa, muita fake news. A diferença maior é que eles estão envolvidos em corrupção e nós não", alfinetou, sem citar o nome do oponente. Ele afirmou que a principal diferença de um eventual governo seu em relação à gestão de Casagrande seria "escolher as pessoas por meritocracia", em referência à equipe que pretende montar.

Questionado sobre o impacto sofrido pela campanha de Bolsonaro por conta de incidentes na última semana, como as ações armadas dos aliados Roberto Jefferson, presidente do PTB, e Carla Zambelli (PL), deputada federal, ele afirmou que teria "zero impacto" na eleição estadual. "Nós não temos nada com isso. São eventos isolados e é narrativa pura aquilo ali", minimizou.

Ao sair da sessão, Manato encontrou com o senador eleito Magno Malta (PL), com quem tirou fotos ao final. O candidato ao governo disse que seguiria para casa, onde promteu cozinhar carne seca com moranga para sua esposa. Depois, segue para a sede da Associação dos Militares da Reserva (Aspomires), em Bento Ferreira, Vitória, onde acompanhará a apuração e fará uma coletiva para a imprensa após o resultado.