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Manobra do governo esvazia blocão

A ingerência pesada do governo do Estado funcionou e o blocão de deputados estaduais foi esvaziado antes mesmo de começar a funciona na Assembleia Legislativa.  O governo pressionou, pressionou e oito dos 11 deputados não aguentaram e decidiram retirar as assinaturas do requerimento que propunha a formação do grupo. Retiraram seus nomes do documento os deputados José Esmeraldo e Marcelo Santos (ambos do PMDB); Cacau Lorenzoni (PP), Josias Da Vitória (PDT), Bruno Lamas (PSB), Marcos Bruno (Rede), Rafael Favato (PEN) e Gilsinho Lopes (PR). Mantiveram os nomes apenas os deputados Enivaldo dos Anjos (PSD), Theodorico Ferraço (DEM) e Eustáquio de Freitas (PSB). Mas não houve só perdas. O deputado Sérgio Majeski (PSDB) nao chegou a assinar, porque o bloco foi esvaziado antes, mas afirmou que assinará se Enivaldo der prosseguimento ao bloco. Agora o grupo tem três nomes, podendo chegar a quatro. Para instituir o bloco é necessário pelo menos seis deputados.
 
O retorno do governador Paulo Hartung (PMDB) ao cargo nessa segunda-feira (15) aumentou a pressão sobre o grupo. O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Roberto, teria recebido vários deputados em seu gabinete nas últimas 72 horas, inclusive, deputados que ainda não tinham tido audiência com o governador foram cortejados. Enivaldo, criticando a debandada, disse que o trânsito dos dissidentes ao Palácio Anchieta foi intenso nas últimas horas.

 

Depois da derrubada na sessão dessa segunda-feira (15) para que requerimento de criação do bloco não fosse lido no Expediente, o governo intensificou a manobra e conseguiu minar a tentativa de formação do blocão
 
Na sessão desta terça (16), o deputado Enivaldo dos Anjos, considerado o puxador do blocão, foi à tribuna para criticar a manobra governista. Ele afirmou que na próxima segunda-feira (22) o tema voltará à baila e pretende apresentar um relatório detalhado explicando os motivos que levaram os colegas a deixarem o grupo. O discurso de Enivaldo trouxe constrangimento à Assembleia e mostrou como o governador teve dificuldade em articular essa manobra, que causou visíveis desgastes ao Palácio Anchieta . 
 
“Os deputados têm que agradecer ao blocão, porque tem deputado que nunca foi recebido pelo governo e que nos últimos dias foi várias vezes à Casa Civil. Tinha deputado que estava chorando pelos cantos, reclamando do governo e que agora foi recebido”, disse o deputado Enivaldo em tom irônico. Acrescentou que continuará oferecendo o ombro para os deputados chorarem, porque situações de insatisfação com o governo vão se repetir em breve.
 
O blocão foi idealizado com o objetivo de fortalecer a imagem do legislativo, com uma discussão mais aprofundada e independente das matérias do governo e da organização interna da Casa. Na segunda Enivaldo também anunciará se o blocão prossegue ou será abortado.

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