Segunda, 29 Abril 2024

Marina Silva corre contra o tempo para validar a Rede de Sustentabilidade

Marina Silva corre contra o tempo para validar a Rede de Sustentabilidade
Diante da demora dos cartórios para analisar as assinaturas de apoio à criação da Rede Sustentabilidade, a presidenciável Marina Silva se reuniu nesta quarta-feira  (14) com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, para pedir agilidade no processo de validação das assinaturas.
 
“Essas assinaturas precisam ser validadas, porque não temos culpa se eles [os cartórios] não têm o parâmetro para fazer a validação ou se contam com estrutura de pessoal que não está dando conta de fazer o processamento dentro do prazo”, disse Marina, ao deixar o encontro. “Alguns cartórios simplesmente não justificam porque estão invalidando as fichas, e, por isso, precisamos de orientação para recorrer dessas decisões”, completou.
 
A menos de dois meses para o fim do prazo das filiações partidárias, a demora na validação das assinaturas pode inviabilizar a participação da Rede na disputa eleitoral do ano que vem. Quem quiser disputar a eleição pelo partido deve se filiar até o dia 5 de outubro, um ano antes da eleição. 
 
No Espírito Santo, a Rede conseguiu validar os 30 mil assinaturas, que era a meta do Estado estabelecida pela coordenação nacional, mas ainda há um caminho muito longo para que Marina possa garantir as quase 500 mil assinaturas necessárias para a criação do partido. Se conseguir, ela contará com um capital eleitoral muito forte para a disputa presidencial, que pode atrair o interesse de lideranças políticas para seu palanque no Estado. 
 
Mas para isso é preciso garantias de que o partido vai estar pronto para a disputa. Em 2010, Marina Silva venceu a disputa em Vitória e Vila Velha no primeiro turno. Ao todo, ela alcançou 20 milhões de votos em todo o País. 
 
Com o movimento popular que tomou as ruas do país nos últimos meses, Marina foi a única liderança política que capitalizou com os protestos, embora o crescimento tenha ficado abaixo da expectativa dos analistas. Mas superou os demais virtuais adversários da presidente Dilma Rousseff, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE).
 
Para obter registro, um partido político tem que reunir cerca de 500 mil assinaturas, o que corresponde a 0,5% dos votos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Também é exigido que as assinaturas tenham sido colhidas em pelo menos nove estados brasileiros. As condições têm que ser validadas pelo TSE até o próximo dia 5 de outubro para que o partido esteja apto a disputar as próximas eleições. 
 
Segundo Marina Silva, alguns cartórios estão atrasados em 60 dias, sendo que a legislação aponta prazo máximo de 15 dias para a validação. Caso a situação se agrave, a Rede pode apresentar as assinaturas diretamente à Justiça Eleitoral, sem validação prévia, mas Marina indica que isso não está nos planos, pois os trâmites estão dentro do prazo. 
 
A ex-senadora também mostrou preocupação com descartes de assinaturas em determinados estados. Enquanto a média nacional é de 24%, em São Paulo a taxa é de 30%, e no Distrito Federal é de 29%. “A única coisa que temos certeza é que encaminhamos as fichas no prazo certo, e que eles [os cartórios] estão atrasados nas respostas”, disse, ao ser questionada sobre possíveis boicotes direcionados à legenda.
 
Segundo Marina, a Rede coletou 850 mil assinaturas de apoio até agora e apresentou 600 mil aos cartórios após triagem prévia, mas apenas 215 mil foram certificadas. Nos próximos dias, os dirigentes da Rede vão se reunir com a corregedora-geral eleitoral, Laurita Vaz, para discutir a padronização das assinaturas. 
 
(Com informações da Agência Brasil)

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