Quinta, 02 Mai 2024

Mesmo com 'liberação' de Campos, neutralidade é missão quase impossível

Mesmo com 'liberação' de Campos, neutralidade é missão quase impossível
O presidenciável socialista, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em visita ao Estado, “liberou” o correligionário Renato Casagrande para assumir uma posição neutra na disputa presidencial do próximo ano. Focado em conquistar o espaço deixado pelo PSDB em São Paulo, o pernambucano não teria tanto interesse em acirrar os ânimos no Espírito Santo, mesmo sendo o único estado do Sudeste que o PSB governa.
 
A “liberação” de Campos para que Casagrande siga neutro na disputa do próximo ano, porém, não resolve o problema do governador capixaba. Isso porque as lideranças socialistas já começam a cobrar uma postura partidária do governador. Tanto o presidente do partido Macaciel Breda quanto o deputado federal Paulo Foletto querem o apoio de Casagrande ao candidato do partido a presidente.
 
No seminário da Rede Tribuna, realizado na manhã desta segunda-feira (14), em Vitória, no qual Campos era um dos palestrantes, o clima dentro do partido ficou exposto. A militância, principalmente a corrente jovem, gritava palavras de ordem como: “Um passo à frente, Campos presidente”. A impressão dos meios políticos é de que o discurso de neutralidade estaria sendo utilizado este ano para garantir a governabilidade, mas a partir do próximo ano, esse discurso se tornará praticamente impossível.
 
A identificação partidária mais o peso do cargo colocam Casagrande, ainda que involuntariamente, no palanque do governador de Pernambuco. Se para o governador é impossível manter essa posição, para o PT a situação fica insustentável.
 
Apesar de manter os cargos no governo socialista, o partido cobra um comprometimento de Casagrande com o palanque de reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado, que pela aproximação partidária não poderá se concretizar.
 
Paralelamente, o grupo do ex-governador Paulo Hartung articula o discurso de desembarque do governo Renato Casagrande para se apresentar como alternativa ao palanque de Dilma no Estado. 
 
A estratégia, ao mesmo tempo em que desidrata Casagrande retomando o comando com um palanque puxado pelo senador Ricardo Ferraço e o próprio Hartung, evitaria a candidatura do senador Magno Malta (PR) ao governo como palanque de Dilma no Espírito Santo.

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