Movimentos de última hora esquentam reunião de tucanos em Brasília
Lideranças capixabas observam as movimentações em Brasília, com expectativas em relação à reunião dos atores políticos do Estado com o presidente nacional do PSDB, o presidenciável Aécio Neves, nesta quarta-feira (7). A reunião deve ser longa, afinal, há duas teses colocadas na mesa de negociação.
De um lado está o grupo hoje majoritário no PSDB do Estado, que tem como principal expoente o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, que segue a tendência de fechar no Estado o alinhamento entre as campanhas dos dois presidenciáveis da oposição, Aécio e Eduardo Campos (PSB), no sentido de desidratar a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).
A situação do Espírito Santo foi discutida entre o os presidenciáveis no último dia 1º de maio, em São Paulo. A estratégia nacional deve levar em conta a capacidade de acomodação tanto de tucanos quanto de socialistas. Essa movimentação ficou mais próxima depois da declaração do governador Renato Casagrande de apoio à candidatura de Eduardo Campos.
A outra tese é a que leva os tucanos para o palanque do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Dentro do PSDB, o grupo que defende essa aproximação com Hartung tem o presidente do partido no Estado, deputado federal César Colnago, e o vice-presidente do ninho tucano, Guerino Balestrassi. O discurso é de que a atuação de Casagrande vai de encontro à política defendida pelos tucanos em nível estadual.
O partido ainda tem que resolver a questão da candidatura de Balestrassi. Em um cenário com a movimentação pela manutenção do palanque de unanimidade com Casagrande e Hartung juntos, o tucano se colocava como alternativa. Depois do anúncio da candidatura de Hartung ao governo, o projeto de Balestrassi passou a ser visto nos meios políticos como um palanque auxiliar para fortalecer a candidatura do ex-governador.
Além de socialistas e tucanos, os demais interessados no processo também acompanham de perto o clima do encontro, como o presidente do DEM no Estado, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda. Aliado de Hartung, o demista já teria manifestado ao presidenciável tucano seu desejo de não caminhar com Casagrande na eleição deste ano.
Apesar de longa a reunião, não deve bater o martelo sobre a situação no Espírito Santo. A expectativa é de que a decisão seja adiada e, possivelmente definida pela regional tucana. De qualquer maneira, o presidenciavel do partido não demonstra interesse em contrariar o acordo com Eduardo Campos.
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