Quarta, 24 Abril 2024

Na briga entre Ferraço e Casagrande, presidente da Assembeia já tem 3 X 0

Na briga entre Ferraço e Casagrande, presidente da Assembeia já tem 3 X 0

 

O recente embate entre o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), e o governador Renato Casagrande não foi um fato isolado entre essas duas lideranças desde o início de 2011. Na verdade essa é a terceira vez que o deputado dá uma reviravolta deixando o governador em maus lençóis. O primeiro embate entre Casagrande e Ferraço começou na eleição para a presidência da Casa no início de 2011. Mas é preciso voltar a 2010 para entender o que aconteceu. No final da legislatura passada, Sérgio Borges (PMDB) era o nome mais cotado para suceder Elcio Alvares (DEM) na presidência da Casa, mas uma movimentação de Ferraço conseguiu esvaziar a candidatura do peemedebista, tornando-se favorito para a disputa.
 
Casagrande, porém, começou a “cozinhar” o processo, dando a entender para os deputados que não queria Ferraço na presidência da Assembleia, o que acabou por esvaziar também sua candidatura. Diante da movimentação do governo, o próprio demista virou o jogo indicando o socialista Rodrigo Chamoun para a presidência. A iniciativa acabou lhe rendendo a vice-presidência. Com a ida de Chamoun para o Tribunal de Contas, ainda no primeiro semestre deste ano, uma nova movimentação governista em torno da eleição para o mandato tampão visava tirar Ferraço do páreo, mas desta vez, o deputado teria falado grosso e ganhou a presidência no grito.
 
Agora, a manobra para retornar a reeleição para a presidência da Casa, com a recondução de Ferraço, o que o colocaria à frente do poder durante o processo eleitoral de 2014, novamente colocou Ferraço e Casagrande em rota de colisão. Para alguns deputados houve erro dos dois lados, o governo porque não conversou com os deputados sobre o assunto e só se manifestou pela imprensa, e a Assembleia por ter colhido 22 assinaturas sem o conhecimento do governo. Mais uma vez, Ferraço tentou ganhar a peleja no grito, mas o que está em jogo desta vez pode dar à situação um desfecho
 
diferente. Aparentemente, depois de uma reunião esta semana, o clima de tensão tende a amenizar. De qualquer forma, se a eleição fosse hoje, Ferraço estaria reeleito e quem sairia derrotado da história seria Casagrande. Mas se a reeleição for discutida depois da eleição de outubro, o cenário pode ser diferente e a movimentação do plenário mudar. Os deputados precisam se unir ao governo, sobretudo os que têm base no interior. Se até lá Ferraço conseguir dar ao Legislativo um peso que restabeleça o tamanho do capital político da Casa haverá embate, se não, Casagrande poderá sair vitorioso.

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