Quarta, 01 Mai 2024

Nacionais abrem espaço e deixam regionais definirem arranjos locais

Nacionais abrem espaço e deixam regionais definirem arranjos locais
A reunião da Executiva do PMDB, nessa quarta-feira (14), em Brasília, criou grande expectativa nos meios políticos capixabas sobre possíveis definições relacionadas ao incerto campo político. Havia uma expectativa em relação à ancoragem das candidaturas presidenciais e acomodação das lideranças nos palanques colocados. Mas assim, como outras nacionais, os caciques peemedebistas deixaram os problemas locais para que o partido resolva dentro de casa.
 
O vice-presidente da República e principal liderança do PMDB, Michel Temer, bem que tentou contemporizar os correligionários em torno da reedição da chapa PT-PMDB, mas a grande resistência de boa parte dos presidentes regionais com a aliança, levou o líder peemedebista a "liberar" os estados para buscarem o melhor arranjo local, mesmo que o plano não inclua a parceria com o PT, como deseja Temer. 
 
Na semana passada, o ninho tucano viveu situação parecida. Diante do impasse entre candidatura própria de Guerino Balestrassi, apoio ao governador Renato Casagrande (PSB) ou apoio ao ex-governador Paulo Hartung (PMDB), as lideranças capixabas voltaram do encontro com o presidenciável Aécio Neves com a missão de resolver aqui seu caminho eleitoral.
 
O PT já havia definido ainda no início do ano que não vai ingerir nas decisões das regionais. O único partido envolvido diretamente na disputa que já acabou com o mistério foi PSB, com a definição do governador Renato Casagrande pelo apoio à candidatura de seu presidenciável Eduardo Campos, anunciada no início da semana passada.
 
Os demais partidos precisam resolver internamente e com seus aliados suas acomodações no Estado. Mas essa liberdade deve ter data para acabar. A segunda quinzena de maio vai ser o prazo para que as lideranças locais acertem suas diferenças e cheguem a seus denominadores comuns antes das convenções de junho próximo. 
 
Além disso, as movimentações locais devem olhar os interesses das nacionais, sobretudo os partidos dos que têm candidatos a presidente.
 
Com a definição de Casagrande pela candidatura de Campos, o PSDB pode compor a chapa com a candidatura ao senado para garantir o espaço de Aécio Neves no Estado. A costura é possível porque os presidenciáveis do PSB e PSDB têm um acordo informal para evitar a eleição de Dilma Rousseff no primeiro turno. 
 
A definição de Casagrande, porém, impede uma aliança no Estado com o PT, que tem como prioridade o palanque de reeleição da presidente Dilma no Espírito Santo. O partido tentou uma composição com o PMDB, com a candidatura de Paulo Hartung ao governo, e uma costura com João Coser ao Senado, mas as movimentações do ex-governador estariam na direção do PSDB de Aécio Neves.
 
Com a liberação da nacional, as composições locais ficam mais fáceis para o PMDB, que pode se entender com o PSDB. No ninho tucano, a maioria das lideranças é favorável a uma composição com o PSB, mas parte da cúpula ainda acredita na composição entre Aécio e Hartung. 
 
O PDT, de Sérgio Vidigal, tem orientação da nacional para compor ao lado do palanque de Dilma, mas o partido pode seguir outro caminho no Estado, já que negocia a vice com o palanque de Hartung. 

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