Neucimar Fraga amplia base de apoio a Bolsonaro na Câmara Federal
A saída de Sérgio Vidigal (PDT) da Câmara dos Deputados, depois de eleito prefeito da Serra, ampliou a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso. O novo ocupante da vaga, Neucimar Fraga, é presidente estadual do PSD, um dos partidos que integra o Centrão, bloco informal de direita e de extrema direita, atualmente alinhado ao governo federal, articulado para votar em conjunto determinada matéria, segundo interesses de seus membros.
Neste domingo (10), o deputado distribuiu nota confirmando que esteve reunido com o candidato bolsonarista: "Estive reunido nesta noite com o candidato à presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (PP). Durante o encontro, na residência de Lira, conversamos sobre a futura forma de condução do parlamento e os compromissos assumidos com a pauta do desenvolvimento, da segurança pública e educação".
"Foi enfatizado ainda, - acrescenta o texto -, o empenho em lutar por um parlamento independente, comprometido com as mudanças que o Brasil anseia. Aproveitei a oportunidade para convidar Arthur Lira para visitar o Espírito Santo e reafirmar seu comprometimento em ajudar a bancada capixaba, na defesa das pautas de interesses do Estado. Após a reunião, anunciei o apoio à candidatura de Arthur Lira à presidência da Câmara".
Com Neucimar, a bancada capixaba na Câmara, composta por 10 deputados, ganha mais um adepto de Bolsonaro, totalizando sete parlamentares que se articulam com o governo federal: Amaro Neto (Republicanos), Da Vitória (Cidadania), Soraya Manato (PSL), Norma Ayub (Dem), Lauriete (PSC) e Evair.
Dos outros três integrantes da bancada, somente o deputado Helder Salomão (PT) tem mantido uma oposição sistemática a Bolsonaro. Felipe Rigoni e Ted Conti, apesar de filiados ao PSB, adotam posicionamentos conflitantes com o direcionamento adotado pelo partido, que integra o bloco contrário.
Na votação da reforma da Previdência, por exemplo, os dois foram punidos por terem se posicionado favoravelmente ao projeto, desobedecendo decisão partidária. O partido havia fechado questão contra a proposta do governo Jair Bolsonaro por considerá-la "um ataque grave a direitos sociais indispensáveis à maioria da população brasileira.
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Comentários: 1
É o preço por termos perdido Vidigal na Câmara. Saiu caro ao povo. Eita!