Domingo, 05 Mai 2024

Palácio Anchieta se cala ante as manifestações no Estado

Palácio Anchieta se cala ante as manifestações no Estado
Diferentemente do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Pedro Valls Feu Rosa, que emitiu nota de apoio à manifestação dos 100 mil que parou Vitória nesta quinta-feira (20), o governador Renato Casagrande ainda não se pronunciou sobre os acontecimentos.
 
Embora a sede do governo no Centro da Capital e a residência oficial da Praia da Costa, em Vila Velha, tenham sido poupadas do protesto, o confronto com a política na última segunda-feira (17) aconteceu na frente da residência oficial. Havia desde a noite dessa quinta, uma expectativa de que o governo do Estado se posicionasse sobre o fato. 
 
Apenas o secretário de Segurança André Garcia concedeu entrevistas sobre o saldo policial do ato, informando os detidos por vandalismo nas diversas manifestações que aconteceram na Capital e no interior do Estado. Na Assembleia Legislativa, que também foi alvo dos protestos, há uma nota no site, mas referente a um pronunciamento do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), na última terça-feira (18), ainda sobre a manifestação de segunda-feira. 
 
Em nível nacional o silêncio do Executivo também incomoda. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse esperar que a presidente Dilma Rousseff fale à Nação a respeito do quadro político após as manifestações no país. Em pronunciamento na tribuna, nesta sexta-feira (21), Simon avaliou que esse será o mais importante pronunciamento de Dilma, estando seu prestígio e mesmo sua reeleição amarrados ao que dirá em resposta ao recado que está vindo das ruas.
 
Nessa terça-feira, em entrevista a Século Diário, o especialista em políticas públicas Roberto Simões, destacou o papel da polícia como interlocutora do poder público com os movimentos populares, o que acirra os ânimos. Nessa quinta-feira, lideranças políticas também não se pronunciaram nem antes, durante o depois do protesto. 
 
Enquanto o governador permanece em silêncio, algumas cúpulas em prefeituras estão reunidas para avaliar a situação. Em meio às tentativas de evitar os respingos dos protestos, há também manobras políticas para tentar partidarizar o movimento. 
 
No Estado, a situação não é diferente. Nos bastidores há informações de que na prefeitura de Vila Velha há reuniões fechadas de cunho político para avaliar o movimento. Militantes políticos e empresários estariam se articulando para transformar o momento político em um movimento antiDilma. Os movimentos também podem atingir o governo do Estado e outras lideranças que estão no jogo político de 2014.

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