Sexta, 03 Mai 2024

Para manter unanimidade, Casagrande pode ceder a vice ao PMDB

Para manter unanimidade, Casagrande pode ceder a vice ao PMDB
Os estudos sobre uma suposta crise fiscal no governo de Renato Casagrande (PSB), divulgados neste domingo (9) no jornal A Gazeta, foram interpretados pelos meios políticos uma investida do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) para travar um debate econômico em um possível palanque alternativo. 
 
Mas para algumas lideranças o movimento é apenas uma maneira de enfraquecer o governador em um processo de pressão para acomodação no palanque palaciano, visando o debate eleitoral de 2018. Neste sentido, as movimentações seriam para garantir, além da manutenção da aliança na disputa deste ano entre PT, PMDB e PSB, a sucessão ao PMDB, quando Renato Casagrande terminar o segundo mandato, caso vença a disputa de outubro próximo.
 
O governador teria oferecido a vaga ao Senado para o ex-governador, mas Hartung estaria interessado em uma outra composição. Isso garantira a vaga do Senado ao presidente do PT, João Coser. Além de manter o espaço do partido no grupo, Coser é aliado de Hartung, por isso, sua colocação em qualquer espaço preencheria o espaço não do partido, mas do ex-governador. 
 
A negociação agora seria para emplacar outro emissário de Hartung no palanque palaciano. O grupo estaria de olho na vaga de vice. A colocação abriria espaço para que o PMDB governe o Estado no período de desincompatibilização de Casagrande - caso o socialista vença a reeleição e dispute o Senado em 2018. A movimentação contemplaria o deputado federal Lelo Coimbra.
 
Lelo Coimbra, além de já ter ocupado o cargo de vice no governo Paulo Hartung, é um dos principais aliados do ex-governador. Por isso, sua acomodação na vice garante o DNA de Hartung na chapa. Isso também resolve o problema eleitoral do deputado federal. Com uma chapa pesada para a disputa e sem o apoio da máquina, para os meios políticos, Lelo teria dificuldades em se reeleger para a Câmara dos Deputados. 
 
Mas sua entrada na chapa como vice não garantiria ao deputado a disputa ao governo em 2018. Dentro do processo de acomodação é preciso uma contrapartida ao governador Renato Casagrande, que em 2018 seria naturalmente candidato ao Senado. 
 
Neste sentido, a ideia seria puxar o senador Ricardo Ferraço para a disputa ao governo, o que abriria o caminho para Casagrande ser eleito senador com o apoio do grupo. Além disso, se Ricardo for eleito, garante o direito à reeleição para o PMDB, o que não aconteceria se Lelo fosse o candidato, já que uma vez assumido o governo, mesmo na interinidade, seis meses antes da eleição, só teria direito a um mandato. 

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