domingo, junho 1, 2025
25.9 C
Vitória
domingo, junho 1, 2025
domingo, junho 1, 2025

Leia Também:

Partidos de esquerda encolhem no Estado na corrida eleitoral de 2018

Fechadas as convenções partidárias, nesse domingo (5), o cenário político no Espírito Santo apresenta um crescimento dos partidos de direita e de centro-direita, e, também, o encolhimento das siglas mais alinhadas com a visão progressista, que se opõe ao modelo de desenvolvimento direcionado pelo mercado e avesso às políticas sociais. 

As coligações formalizadas com as candidaturas de Rose de Freitas (Podemos) e Renato Casagrande (PSB) e a chapa de última hora formada pelo deputado federal Carlos Manato (PSL), coordenador da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (RJ) no Estado, reforçam esse quadro, que registra a marca do oportunismo da classe política, sem qualquer preocupação com ideologias e muito menos com a questão social.  

Das siglas com as características de esquerda, sobram o PCdoB, PCB, PT, e, mais à frente e distanciado das demais, o Psol, único com chapa completa trabalhada desde o mês de maio, com o advogado André Moreira na disputa ao governo do Estado. 

O partido fixou o foco em questões sociais e ações contrárias ao atual modelo de desenvolvimento econômico, que favorece os mais ricos em detrimento dos mais pobres da população. No campo à esquerda, o Psol é o partido que apresenta maior crescimento. 

A chapa para as eleições deste ano apresenta Adriana Gonçalves como vice e Liu Katrina e Mauro Ribeiro, do PCB, candidatos ao Senado. O partido concorre com sete candidatos à Câmara Federal e dez à Assembleia Legislativa. 

O PT, dividido em alas internas de esquerda e de centro-esquerda, rejeitado pelos candidatos à sucessão estadual Rose de Freitas (Podemos) e Renato Casagrande (PSB), só decidiu por uma chapa fechada no último momento, no domingo (5), esgotadas todas as tentativas de firmar coligação com quem se dispusesse a aceitá-lo.  

A alternativa mais viável, nesse quadro de rejeição, foi lançar a candidatura ao governo da militante Jackeline Oliveira Rocha, saída das fileiras do governo Paulo Hartung (MDB).

Nesse mesmo governo, pousou durante muito tempo o atual presidente do partido, João Coser, que é candidato a deputado federal. São dados curriculares que não combinam com qualquer ação mais à esquerda. 

Direita avança

Nas siglas de direita e de centro-direita, além das candidaturas de Rose de Freitas e Renato Casagrande, o cenário registra, entre os mais competitivos, o grupo formado à última hora do fechamento das convenções partidárias, na noite de sábado,  (4). 

Liderado pelo deputado federal Carlos Manato, do PSL de Jair Bolsonaro, coligado com o senador Magno Malta (PR) e Amaro Neto (PRB), o bloco traz ainda o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (PRB), e o ex-prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (PRB), levando as eleições no Estado para o segundo turno. 

A candidatura surge para construir palanque de Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Lula. Entra na cena política com a marca do oportunismo do senador Magno Malta, candidato à reeleição e líder nas pesquisas eleitorais, e a política de preconceito do presidenciável Jair Bolsonaro.  

Com forte influência no meio evangélico, Magno Malta se tornou conhecido por investir na imagem de defensor da moral e dos bons costumes, mas, de outro lado, contribui para disseminar preconceito, com projetos polêmicos sem condições de serem implantados, mas que caem no gosto popular. 

O cenário político-eleitoral demonstra, no Espírito Santo, o crescimento das bases partidárias seguindo o modelo econômico adotado para favorecer os mais ricos, enquanto os partidos voltados para e esfera social permanecem estagnados, exceção do Psol, que já aponta nas pesquisas eleitorais realizadas no Estado. 

Mais Lidas