Segunda, 29 Abril 2024

Partidos lançam pré-candidatos para demarcar terreno nas eleições de 2024

plenario_assumcao_victorthome_ales Victor Thomé/Ales

Partidos políticos começam a lançar nomes para as eleições de 2024, principalmente na Grande Vitória, para demarcar terreno e sentir o termômetro da disputa, que apontará a viabilidade dos projetos colocados para o público neste mês de julho, a um ano das convenções partidárias, segundo o calendário da Justiça Eleitoral, que definirá quem irá para o pleito.

A movimentação mais intensa ocorre no campo da extrema direita bolsonarista, que trouxe ao público, na noite dessa quinta-feira (13), o nome do deputado Capitão Assumção como pré-candidato do PL à Prefeitura de Vitória. O ato, formalizado com a participação do deputado federal Gilvan da Federal, político marcado pela prática de atos truculentos, desde quando era vereador em Vitória e agora no Congresso Nacional, tem o apoio do senador Magno Malta, presidente da executiva estadual do partido.

Assumção foi alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal, em dezembro de 2022, por envolvimento em atos contra a democracia e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é obrigado ao uso de tornozeleira eletrônica e está proibido de postar em redes sociais e de comparecer a eventos públicos.

Apesar de ter sido reeleito com 98,6 mil votos em 2022, é uma pré-candidatura que pode ser soterrada por outras do campo da direita, conspirando que o bolsonarismo extremista vai perdendo sua densidade eleitoral e muitos integrantes já partem para outro rumo. A votação da reforma Tributária na Câmara dos Deputados e blocos que se formam o Espírito Santo com apoiadores do ex-presidente, que procuram outros chamamentos, além do surrado "Deus, pátria, família", mostram esse cenário.

À frente desses grupos, os deputados federais Da Vitória e Evair de Melo (PP), o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), pré-candidato à reeleição, e, correndo por fora, o Coronel Ramalho, hoje no Podemos. No desenrolar das articulações, o PL poderá juntar-se a outros partidos, para não desagregar o campo da direita, que detém o comando da Prefeitura de Vitória.

Anda na Capital, estão cotados para o jogo os ex-prefeitos Luciano Rezende (Cidadania) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), o deputado estadual Fabrício Gandini, também do Cidadania, e o ex-deputado estadual Sergio Majeski (PSDB). Entre eles há disputa interna na federação que reúne os dois partidos e articulação com grupos em formação, com novos atores, como o deputado estadual Mazinho dos Anjos, do PSDB, que se declara pré-candidato à sucessão de Pazolini.

Essa questão das pré-candidaturas não afeta apenas os conservadores. Os partidos de esquerda, notadamente o PT e Psol, têm que escolher entre o deputado petista João Coser e a deputada Camila Valadão, do Psol, o nome para concorrer às Prefeitura de Vitória. Os dois mantêm-se mais discretos publicamente, embora as conversas de bastidores preencham o tempo das correntes de militantes das duas legendas. As duas candidaturas - de Camila e João - para juntar-se em torno de um nome no segundo turno, é uma estratégia acertada?

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