Partidos se movimentam com a missão de construir palanques para presidenciáveis
As movimentações dos partidos no Estado têm como prioridade para 2014 a montagem dos palanques dos presidenciáveis na disputa. Mas não é tão simples a missão das estaduais. Para criar os espaços para seus candidatos ao Palácio do Planalto terão de vencer as barreiras econômicas e políticas, passando, em alguns casos pelos interesses pessoas de seus caciques.
A presidente Dilma Rousseff parece ser a mais confortável na construção de seu palanque no Espírito Santo, mas ainda é preciso aparar arestas. A cúpula petista rejeita a proposta do governador Renato Casagrande (PSB) de neutralidade no processo eleitoral.
O ex-presidente Lula, que articula a campanha de reeleição de Dilma, diz não acreditar no propósito do governador, mas na verdade o objetivo é reagir à candidatura do correligionário de Casagrande, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. Neste sentido, a ideia é isolar Casagrande. Embora o governador capixaba ainda acredite na recomposição do palanque da unanimidade, tendo ao seu lado na disputa o PT e o PMDB, a tendência da nacional é deixar o PSB de fora desse acordo.
Dilma tem como opção, portanto, a aliança que se tenta construir entre PMDB e PT, mas esbarra no fato de o senador Ricardo Ferraço ser considerado um opositor ao governo federal. O partido quer apostar na candidatura do ex-governador Paulo Hartung ao governo, mas há dúvidas sobre sua disposição em disputar.
De qualquer forma, a eleição de João Coser para a presidência do partido facilita a construção dessa aliança, com a possibilidade de Coser ser o candidato ao Senado, o que garantiria o palanque de Dilma no Estado. Ela ainda conversa com o senador Magno Malta (PR), que também oferece um palanque para a presidente no Estado.
Mas as declarações de Coser, mostram que a possibilidade de uma aliança do PT, agora sob seu controle, com o republicano são pequenas. A menos que haja uma determinação da nacional. Essa semana, Dilma conversou longamente com Malta. Ela também já esteve reunida com Hartung e Ricardo Ferraço.
O governador Renato Casagrande ainda mantém a postura de neutralidade na disputa do próximo ano, mas se o PT e o PMDB resolverem realmente deixar o palanque do socialista, a tendência é de que ele venha a apoiar a candidatura do presidenciável pernambucano. Com o apoio de Marina Silva, que foi a mais votada na disputa presidencial no primeiro turno, em 2010, em Vitória e Vila Velha, o governador pode acabar capitalizando com a adesão ao palanque do PSB.
O ninho tucano já apresentou em Brasília a candidatura do ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi ao governo do Estado, justamente com o objetivo de alicerçar o palanque do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG). A candidatura dele ainda não ganhou musculatura para ser competitiva e também não tem atraído alianças que deem sustentação de uma coligação forte.
O partido estuda agora a possibilidade de lançar uma candidatura ao Senado que funcionaria como um plano B para garantir espaço para Aécio no Espírito Santo.
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