Quarta, 01 Mai 2024

Pesquisa Futura não surpreende lideranças e desconfiança permanece

Pesquisa Futura não surpreende lideranças e desconfiança permanece

A pesquisa Futura divulgada neste domingo (4), em A Gazeta, não chega a surpreender a classe política, que já esperava um cenário favorável ao ex-governador Paulo Hartung (PMDB), depois dos levantamentos isolados publicados sobre o cenário em quatro municípios da Grande Vitória. O fato de ele aparecer à frente do governador Renato Casagrande na pesquisa estadual, porém, não convence a classe política.



Mesmo assim, a pesquisa é um termômetro para fortalecer a impressão que as lideranças no Estado previam, de uma disputa acirrada entre o governador e seu antecessor, com o eleitorado dividido. Oriundos do mesmo projeto político, a disputa polarizada representa uma disputa de poder dentro do processo político da unanimidade, criada por Paulo Hartung em seu governo e adotada integralmente por Casagrande na gestão atual.



Na pesquisa, Hartung aparece com 34,1% das intenções de votos na estimulada, contra 30% do governador Renato Casagrande. Chama a atenção que o senador Magno Malta (PR) aparece com 15,2%, ou seja, uma vez recuando para a disputa ao governo do Estado, poderia levar o pleito para o segundo turno. Sem ele, a disputa fica plebiscitária.



A Futura ouviu 1.400 pessoas em 20 cidades capixabas, entre os dias 22 e 28 de abril. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 00005/2014 e a margem de erro é de 2,6 para mais e para menos.



Para algumas lideranças políticas, os números da pesquisa podem ter sido influenciados pela sequência de episódios favoráveis a Hartung e desfavoráveis a Casagrande nos últimos dias. O governador, que enfrenta manifestações e greve de professores, apareceu negativamente na mídia nas últimas semanas. Já o ex-governador, que sempre contou com o apoio de parte da imprensa para blindar sua imagem, mesmo em momentos de crise em seu governo, teve agendas políticas positivas. Mas a exclusão do reduto do governador Renato Casagrande, o município de Castelo, no sul do Estado, da amostragem é apontado como o fator principal para o desequilíbrio da pesquisa.



O cenário artificial de crise no governo Casagrande começou com a divulgação de um estudo em que economistas ligados ao ex-governador apontaram o crescimento dos gastos com custeio do Estado. A estratégia de desgaste de Casagrande conta na Assembleia Legislativa com a ação de dois deputados – Euclério Sampaio (PDT) e Paulo Roberto (PMDB) –, com ataques em todas as sessões ordinárias ao governador. Elementos que contribuem para a criação do cenário favorável ao ex-governador Paulo Hartung.



No levantamento feito para a disputa ao Senado, a pesquisa aponta Rose de Freitas (PMDB) com 21,9% e Coser com 18,9%. O curioso da pesquisa é que ela ainda traz o nome de Hartung, mesmo ele já tendo anunciado sua candidatura ao governo do Estado. Já as candidaturas tucanas – há dois pré-candidatos inscritos no livro de candidaturas do partido, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas e o coronel Luiz Sérgio Aurich – não foram citados na pesquisa, assim como o nome do Psol, o advogado André Moreira.



Outro dado que chama a atenção é o fato de na espontânea o delegado Fabiano Contarato (PR) e a deputada Rose de Freitas estarem empatados com 6,1%, mostrando que a situação não parece tão definida assim entre PMDB e PT e que a candidatura do delegado pode se fortalecer no processo. Já a dos demais, diante das incertezas de composição eleitoral, podem sofrer abalos.

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Quinta, 02 Mai 2024

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