Sábado, 27 Abril 2024

Popularidade de Dilma pode afetar movimentação do PSB

Popularidade de Dilma pode afetar movimentação do PSB

A pesquisa Datafolha divulgada nessa sexta-feira (22) deixa a inda mais complicada a movimentação eleitoral para 2014, seja em nível nacional ou estadual. De acordo com os dados da pesquisa, se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff não teria grandes dificuldades para se reeleger. Dilma aparece com 58% das intenções de votos, contra 18% de Marina Silva, que tenta transformar a Rede em partido, até outubro, para disputar a eleição presidencial.



O curioso desta pesquisa é que o PSDB, principal foco de oposição ao governo Dilma, desta vez não vem atrás da presidente e sim em terceiro lugar, seis pontos atrás da Rede. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem 12% das intenções de voto. O dado que mais afeta o Estado vem em seguida, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB, com 6% das intenções de votos.



Localmente os dados da corrida presidencial são importantes porque mexem no palanque de reeleição do governador Renato Casagrande. Com uma base de 16 partidos que o elegeram em 2010 e que não para de ser ampliada desde então, Casagrande tem ao seu lado, praticamente, todos os partidos envolvidos na movimentação nacional. Um racha na corrida presidencial pode ter reflexos muito significativos no Estado para o próximo ano, se não forem respeitadas as articulações locais.



O grande problema para Casagrande é se os passos do presidente de seu partido se aproximarem da oposição, o que pode inviabilizar a permanência de PT e PSDB no mesmo palanque no Estado. Hoje a oposição está dividida. Aécio Neves é a aposta do PSDB. Mas o PPS faz um movimento de fusão com o PMN no sentido de atrair o ex-governador de São Paulo, o tucano José Serra, para o partido. Eduardo Campos já fez sinais de aproximação com o ninho tucano e neste sábado (23) aparece na mídia nacional elogiando Serra.



Como o governador Renato Casagrande, que é secretário-geral do PSB, já sinalizou que vai apoiar o palanque do presidente de seu partido, terá problemas em acomodar toda a sua base, caso mais candidaturas surjam na disputa. Se Eduardo Campos recuar e permanecer na base de Dilma, o governador Casagrande terá menos dificuldade em acertar a situação de seus aliados. Restará a ele encontrar uma solução para evitar que o senador Magno Malta (PR) se afaste de seu palanque.



Mas se Eduardo mantiver o nome na disputa ou se aliar a um nome da oposição, a situação ficará mais complicada na base do governador capixaba. Nos meios políticos, porém, a leitura que se faz é de que Campos, na verdade, não deve mesmo enfrentar Dilma em 2014. Sem o apoio dos irmãos Ciro e Cid Gomes, o PSB, que tem força apenas no Nordeste, pode estar cometendo um grande erro estratégico, pois se o governador de Pernambuco partir para a disputa contra Dilma, perde a senha na fila da sucessão de 2018.

 

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 27 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/