Domingo, 28 Abril 2024

Posição do PT em 2014 depende da cúpula e não de equipe de Dilma

Posição do PT em 2014 depende da cúpula e não de equipe de Dilma

Dois ministros do governo Dilma Rousseff foram procurados por atores políticos do Estado para discutir a eleição de 2014. O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) conversou com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador Renato Casagrande (PSB) com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.



Mas o caminho não é o mais adequado sobre o processo eleitoral, já que quem tem comandado as conversas da disputa nacional e as articulações nos Estados é o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Os ministros ouviram o governador e o ex-governador, mas não prometeram nada, até porque não podem.



Apesar de terem acesso a Dilma e influência no governo, eles não vão influir no processo eleitoral, porque o tema passa por outro caminho. O governador de tem convencer não só a presidente Dilma Rousseff, mas também a cúpula petista de sua proposta para o próximo ano. Mas para convencê-los, a ideia de erguer um palanque independente e da importância do respeito das nacionais às articulações locais não será um discurso eficiente.



Nacionalmente, o governador enfrenta a possibilidade de o presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lançar sua candidatura a presidente, o que quebraria a trinca PSB-PT-PMDB. Em nível estadual, o palanque independente não é interessante para a presidente em um estado cuja sua principal concorrente, a ex-senadora Marina Silva, tem capital político elevado.



O governador e seu antecessor tentam desestimular o governo federal a apostar na candidatura do senador Magno Malta (PR), que promete um palanque dedicado à presidente Dilma Rousseff. Com um capital de 1,2 milhão de votos na eleição de 2010, o senador ameaça a reeleição de Casagrande, mas a dificuldade do cenário nacional e a intenção de manter o sistema de unanimidade política no Estado impedem o governador de oferecer ao governo federal um palanque forte e exclusivo.



A possibilidade de o PT e o PMDB lançarem um palanque alternativo, caso o PSB rache com o governo federal, também não é interessante para o projeto de reeleição da presidente. O PT ensaiou lançar candidatura própria para evitar uma aliança com Malta, mas o nome do partido a ser colocado, o do ex-prefeito de Vitória João Coser, não teria uma força de captação de votos suficiente para comandar o palanque majoritário. Já os nomes do PMDB, o do ex-governador Paulo Hartung e do senador Ricardo Ferraço, não teriam a simpatia do governo federal.

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Domingo, 28 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/