Posição sobre cargos do PT deve esquentar encontro do partido
O clima no PT depois do anúncio da candidatura do governador Renato Casagrande e o apoio ao palanque do presidenciável Eduardo Campos é tenso, já que o partido tem 100 cargos na estrutura do governo, como apontou o jornal A Tribuna desta quinta-feira (8). As lideranças do partido estão divididas sobre o posicionamento que o partido terá a partir da decisão do governador.
Isso porque a declaração de Casagrande teria sido entendida nos meios políticos como uma deixa para que o PT deixasse os cargos no governo. Mas o presidente do partido, João Coser; o vice-governador Givaldo Vieira e outras lideranças já manifestaram a tendência de o partido não entregar os cargos.
Como Casagrande deixou claro que pode tomar a decisão, cortando quem não se alinha com o projeto do governador, a impressão é que as lideranças vão esperar o sangramento via Diário Oficial, o que seria politicamente ruim para o partido.
Esse assunto deve esquentar o encontro estadual do partido, marcado para o próximo dia 24. O PT deve avaliar o posicionamento não só sobre os cargos, mas também sobre a posição do partido em relação à eleição como um todo. A definição de Casagrande pelo palanque de Eduardo Campos e a incerteza de que o ex-governador Paulo Hartung irá assumir a candidatura da presidente Dilma causaram instabilidade dentro do PT.
O partido pode ser forçado a encabeçar uma chapa completa para garantir o palanque de Dilma, o que diminui as chances de acomodação dos petistas em uma chapa proporcional que garanta a eleição de seus candidatos a deputado estadual e federal.
Com a possibilidade de os aliados ficarem fora do governo, com os prováveis cortes dos petistas, as bases ficarão enfraquecida, sobretudo os deputados. Cada parlamentar teria direito a 20 indicados no governo, além de outras lideranças do partido, que também têm cargos na estrutura de Casagrande.
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