PPS fica mais próximo de Eduardo Campos e reafirma posição de Luciano Rezende
Tudo indica que o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, acertou ao antecipar o apoio do PPS capixaba à candidatura de Eduardo Campos/Marina Silva à Presidência da República. Gente do próprio partido achou que Rezende teria se precipitado, mas o Congresso Nacional do partido, que termina neste domingo (8), deixa o PPS mais próximo do PSB, para desespero dos tucanos.
Na noite deste sábado (7), durante o congresso, 152 delegados do PPS manifestaram apoio à candidatura do governador pernambucano; outros 98 preferiram apostar na "prata da casa", se posicionando a favor da candidatura de Soninha Francine. O nome do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves, foi retirado de última hora da votação e nem entrou no páreo.
O apoio à candidatura de Aécio vinha principalmente dos diretórios de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que travavam uma disputa acirrada com São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo - simpatizantes do palanque socialista.
Neste braço de ferro, a manifestação antecipada de Luciano Rezende à candidatura de Campos foi decisiva. Único prefeito do Partido Popular Socialista à frente de uma capital, o apoio de Luciano Rezende acabou tendo um peso significativo dentro do partido.
O Congresso Nacional acabou deixando o PPS muito próximo de Eduardo Campos, como já sinalizava presidente nacional da legenda, deputado federal Roberto Freire. A tendência do PPS em seguir com os socialistas cai como uma luva para o prefeito da Capital capixaba, que foi a primeira importante liderança do Estado a manifestar apoio a reeleição ao governo do também socialista Renato Casagrande.
Se o partido decidisse pelo nome de Aécio, colocaria o prefeito capixaba numa sinuca de bico, ainda mais se Casagrande, diante de uma possível aliança entre PMDB e PT, fosse obrigado a compor com os tucanos capixabas.
É notório que nas últimas eleições a disputa entre Luciano e o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas pela prefeitura da Capital foi "sangrenta". As feridas que ficaram desse embate não vão se cicatrizar tão cedo. Longe disso. Caso a aliança se confirmasse, Casagrande, para não se distanciar de Luciano, teria que desenvolver uma complexa engenharia para manter "gregos e troianos" no mesmo palanque.
Se de um lado a confirmação da aliança PPS-PSB é uma boa notícia para Luciano Rezende e Casagrande, o mesmo não pode dizer o candidato do PSDB ao governo Guerino Balestrassi. Isolado, o PSDB capixaba enfrentará dificuldade para fazer a candidatura do ex-prefeito de Colatina ganhar musculatura para entrar com chances de disputa na corrida ao governo do Estado.
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: