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Prefeito de Colatina será ouvido por CPI após denúncia contra estacionamento rotativo

A CPI da Máfia dos Guinchos da Assembleia Legislativa deve anunciar o prefeito de Colatina (região noroeste do Estado), Leonardo Deptulski (PT), para explicar o funcionamento do contrato de concessão do estacionamento rotativo no município. A medida foi anunciada pelo presidente da comissão, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), durante uma reunião especial realizada na Câmara de Vereadores na noite da última quarta-feira (29). Os parlamentares cobram o fim do contrato do rotativo e do funcionamento do pátio onde são levados os veículos apreendidos.

De acordo com Enivaldo, a intenção é aprovar a convocação no retorno das atividades da CPI após o recesso parlamentar. A comissão volta a se reunir nesta segunda-feira (3) com a tomada dos depoimentos das proprietárias do pátio Central Park, que lidera a arrecadação das empresas do setor na Grande Vitória. Além de esclarecimentos sobre o rotativo, o presidente da comissão também afirmou que vai solicitar o fechamento do pátio de estacionamento da Guardauto em Colatina.

“Recebemos, pelo canal cidadão da CPI, a denúncia de que os agentes que não produzem multas na quantidade mínima desejada pela Facom (empresa que explora a concessão do serviços de estacionamento rotativo) e Secretaria Municipal de Trânsito estariam sendo perseguidos. Eles não recebem, por exemplo, horas extras se não produzirem as multas, segundo a denúncia”, revelou Enivaldo.

Durante a reunião que lotou o auditório da Câmara municipal, os membros da CPI ouviram o relato do empresário Guilherme Ribeiro Ribeiro sobre três fatos ocorridos com ele que caracterizaria, segundo ele, uma “perseguição” de policiais militares que atuam no trânsito de Colatina. Também foi ouvido o vereador Olmir Castiglione (PSDB), que é policial militar, que rechaçou os boatos de que seria o proprietário da Facom.

“Estou muito feliz com esta oportunidade. Carrego nas costas, há mais de um ano e oito meses, o boato de que eu sou o dono dessa empresa. Quem dera, deputado, eu estaria faturando R$ 80 mil por mês. O senhor não tem ideia do constrangimento que me causou por ter me apontado como dono da Facom, já que só existem dois policiais com mandato em Colatina, eu e o deputado estadual Da Vitória”, afirmou o vereador.

Além de moradores e empresários locais, o comandante da Companhia de Trânsito do 8º Batalhão da Polícia Militar de Colatina, capitão Rogério, e o secretário municipal de Trânsito, Renan Bragatto, se defenderam das acusações e reclamações feitas pela população e por alguns vereadores. O secretário pediu ainda que a CPI o convoque, junto com o prefeito, para depor em outra sessão, na Assembleia.

Os vereadores de Colatina devem criar, na volta do recesso, em agosto, uma Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) para apurar a licitação e funcionamento do estacionamento rotativo no município. A criação da CLI foi pedida pelo vereador Geleia Bragato (PDT), que disse ser a favor do rotativo, mas contra a empresa que explora o serviço.

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