Domingo, 28 Abril 2024

Prefeitos começam a imprimir suas marcas administrativas

Prefeitos começam a imprimir suas marcas administrativas

Passados quatro meses do início da gestão dos novos prefeitos dos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana, já é possível observar a marca de cada um em suas administrações. Eleitos com o discurso da mudança, cada um deles adotou uma forma diferente de colocar em prática essa bandeira de campanha. Em meio à instabilidade econômica causada por perdas de recursos federais e modificações no cenário político nacional, os prefeitos, de um jeito ou de outro, vão conseguindo, aos poucos, dar visibilidade aos seus mandatos.



O prefeito da Capital, Luciano Rezende (MD), adotou uma postura de cuidado desde o início de seu mandato. Em vez de disparar contra o antecessor, assumiu a prefeitura sem conflitos. A visibilidade veio por meio das audiências públicas que vem realizando na cidade para nortear os rumos da administração.



No mês passado, o prefeito passou por um momento de instabilidade política, com a fusão do partido pelo qual foi eleito, o PPS como PMN, em nível nacional, o que obrigou as lideranças locais do novo partido a se adequarem à nova realidade. Presidente regional do PPS, Luciano conseguiu se manter à frente da nova legenda no Estado. As urgências políticas, no entanto, não tiraram o foco do prefeito da administração municipal.



Mesmo em assuntos polêmicos, como as obras milionárias dos quiosques de Camburi, herdadas da administração do petista João Coser, o prefeito adotou a prudência. Depois de avaliar por meio de auditoria os custos das obras, decidiu que um novo projeto traria ainda mais ônus à municipalidade e manteve o projeto do antecessor.



Outro prefeito que vem mantendo o foco na gestão é o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (PSB). No caso do município, o problema é dinheiro mesmo. Com um rombo de R$ 200 milhões na conta da prefeitura, Audifax cortou gastos e passou a não prometer cumprimento de obras iniciadas pelo antecessor Sérgio Vidigal (PDT). Na semana passada, o prefeito realizou um seminário de planejamento estratégico para a cidade, estabelecendo as diretrizes para retomar os investimentos no segundo semestre.



Uma das principais estrelas do partido do governador, Audfiax vem mantendo seu peso político, apoiando lideranças que também fortalecem sua imagem no município. Com o caixa vazio, o socialista adota uma administração "pé no chão": não promete o que não pode cumprir.



Em Vila Velha, o prefeito Rodney Miranda (DEM) adotou uma postura mais agressiva que seus colegas. Partindo para o ataque contra seu antecessor, Neucima Fraga (PR), ele denunciou um déficit de recursos na prefeitura que na verdade não era exatamente do tamanho que fora anunciado.



Rodney vem fazendo em seus primeiros meses à frente da prefeitura uma gestão centrada em sua imagem. Demitiu mais de mil servidores em uma canetada só, e depois teve de recontratar mais da metade dos demitidos, passeou de barco nas águas poluídas dos canais de Vila Velha e prestou contas de quatro meses de gestão, no mesmo dia em que o governador Renato Casagrande foi à Assembleia prestar contas do exercício de 2012.



Mas no município, essas ações não têm convencido a população. Alguns segmentos não estão satisfeitos com as movimentações iniciais do demista, já que na prática as mudanças ainda não foram sentidas pela população canela-verde.



O prefeito de Cariacica. Geraldo Luzia, o Juninho (MD), é outro que ainda não conseguiu engrenar um ritmo a contento em seu município. Voltado para movimentações políticas, Juninho não tem conseguido fazer com que seu secretariado dê as respostas rápidas prometidas em campanha.



Juninho tem enfrentado nesse início de mandato uma crise com a saída de dois secretários e ameaça de saída de outro da equipe. Envolvido na busca de uma colocação política de visibilidade estadual e nacional, o prefeito não tem se saído muito bem no início de gestão.



Em Viana, os meios políticos esperavam que Gilson Daniel (PV) tivesse mais dificuldades no início da gestão, já que o seu mandato foi colocado em xeque na Justiça Eleitoral. Mas o prefeito conseguiu não só tomar posse como dar início de forma discreta à administração, sem crises ou sobressaltos. A expectativa era de que ele tivesse problemas na equipe e na administração deixada pela antecessora, Ângela Sias (PMDB), mas não teve, e segue num ritmo que parece atender aos anseios dos vianenses. 

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