Sábado, 20 Abril 2024

Prefeitos eleitos preparam gestão cautelosa diante de perdas financeiras

Prefeitos eleitos preparam gestão cautelosa diante de perdas financeiras

Os prefeitos eleitos de Vitória, Luciano Rezende (PPS), e da Serra, Audifax Barcelos (PSB), se preparam para o cenário de perdas de recursos financeiros resultantes da aprovação nessa terça-feira (6) na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 2565/11, do Senado, que redistribui os royalties do petróleo para beneficiar estados e municípios não produtores.



Os dois prefeitos tiveram reações diferentes diante da mudança. Para  o prefeito da Capital, a perda já era esperada, e a fatia, segundo ele, não é a maior parte da receita de Vitória, mas alertou que o cenário é delicado e preocupante, por isso, a gestão será cautelosa.



Segundo Luciano Rezende, desde o período da campanha, seu programa de governo já se baseava na possibilidade de um cenário sem os recursos. Ainda segundo o prefeito eleito, em 2011, foram R$ 14 milhões repassados à Capital oriundos do repasse dos royalties.



Rezende explicou que como deputado estadual, no dia 9 de maio de 2011, fez um pronunciamento na tribuna da Assembleia alertando para as três grandes ameaças de perdas de recursos federais para o Estado, com o fim dos recursos do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), a redistribuição dos royalties do petróleo e as mudanças no Fundo de Participação dos Estados (FPE).



Por isso, seu programa de governo foi feito com “o pé no chão”. O prefeito eleito da Capital afirma que vai trabalhar em duas direções: a primeira aplicando bem os recursos disponíveis, e a segunda estimulando a economia criativa, o comércio e o turismo como forma de diversificação econômica no município, para suprir as perdas e garantir a arrecadação.



Já o prefeito eleito da Serra, Audifax Barcelos, classificou a mudança na distribuição dos royalties como “catastrófica” para o município, que vai perder mais de R$ 30 milhões. O socialista está em Brasília e alimenta a esperança de que a presidente Dilma Rousseff venha a vetar o projeto.



Isso porque, a votação na Casa foi apertada, segundo o prefeito, que também é deputado federal. Ele acredita também que a Câmara não teria diante de um posicionamento contrário de Dilma, coragem de derrubar o veto presidencial.



Mas caso isso não aconteça, Audifax também se prepara, considerando um cenário de adversidade financeira a partir de 2013. No plano de ação do prefeito eleito da Serra está previsto a diminuição dos gastos. A ideia é concluir obras, fazer melhorias em setores que carecem de investimentos, como a saúde, por exemplo, mas segurando despesas.

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