Quinta, 02 Mai 2024

Prefeitos entram no sexto mês sem dar visibilidade às gestões

Prefeitos entram no sexto mês sem dar visibilidade às gestões

Os novos prefeitos da Grande Vitória entram no sexto mês de suas gestões e apesar de todos terem sido eleitos com o discurso da mudança, ainda não conseguiram emplacar uma marca que desse visibilidade às administrações. Alguns voltaram seu olhar para dentro da prefeitura, impedindo a visibilidade das ações, e outros ainda culpam os antecessores pelos problemas encontrados.



As duas visões devem mudar no segundo semestre, ou a imagem dos novos prefeitos pode se desgastar. Os prefeito colocam como grande empecilho para o desenvolvimento de ações mais marcantes a diminuição dos recursos financeiros, sobretudo com a redução do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).



O prefeito da Capital, Luciano Rezende (MD), tem uma dificuldade natural para conseguir imprimir uma marca de mudança. O principal problema do município é a mobilidade urbana, que não depende de uma ação isolada da prefeitura. No mais, o prefeito tem cuidado da imagem da cidade com ações assépticas.



Em Vila Velha, o prefeito Rodney Miranda (DEM) assumiu reclamando da herança de dívidas deixada pela administração anterior. Mas depois dos primeiros dias batendo na mesma tecla, abandonou o discurso e voltou seu olhar para acertar a administração. Rodney acabou ganhando um presente que poderá trazer muita visibilidade para sua gestão, com a aprovação do projeto de contratação de crédito do governo do Estado com a Caixa Econômica para obras de contenção de enchentes no município.



Na Serra, o prefeito Audifax Barcelos (PSB) não chegou a ser uma novidade, já que já administrou o município antes. O discurso das dificuldades financeiras herdadas foi encampado e entendido pela população. No segundo semestre, porém, o prefeito deve buscar imprimir um ritmo mais forte à sua gestão.



A situação mais complicada é a de Cariacica. O município grande e cheio de problemas foi entregue ao novo prefeito Geraldo Luzia, o Juninho (MD), em uma situação bem melhor. Mas o prefeito passou o primeiro semestre todo fazendo ajustes em sua equipe. A situação já vem causando uma instabilidade política que pode afetar sua imagem.



Outro fato observado no primeiro semestre é que o discurso de unidade na Grande Vitória ficou na campanha. Embora com problemas comuns e que poderiam ser resolvidos com a busca de soluções comuns, passada a eleição, cada prefeito se volta para suas demandas, sem uma visão mais ampla das questões que afetam toda a região.



O segundo semestre do ano será fundamental para que os prefeitos possam imprimir suas marcas nas novas gestões. Como todos os prefeitos das quatro maiores cidades da Região Metropolitana estão em seu primeiro mandato, podendo, portanto, concorrer à reeleição, será necessário apresentar alguma mudança efetivamente visível para sustentar o palanque de 2016.

 

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 02 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/