Segunda, 06 Mai 2024

Prefeitura da Serra corta salário de Sérgio Vidigal

Prefeitura da Serra corta salário de Sérgio Vidigal
Desde as eleições de 2008, quando Sérgio Vidigal (PDT) impediu que o então prefeito da Serra Audifax Barcelos (PSB) disputasse a reeleição, ambos se tornaram rivais políticos no conceito mais agudo da palavra. Passadas as eleições de 2012, quando Audifax derrotou Vidigal com uma vitória retumbante e retomou a prefeitura, numa espécie de revanche, o clima entre os dois parecia mais brando. 
 
Não durou muito. Esta semana, um novo episódio pode pôr novamente Audifax e Vidigal em pé de guerra. O atual prefeito mandou cortar o salário referente ao mês de maio do médico. A Prefeitura alega que Vidigal não está trabalhando, portanto, não deve receber. 
 
A nova polêmica entre o socialista e o pedetista culminou com a assinatura de um convênio entre a Prefeitura da Serra e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), celebrado em 21 de fevereiro passado. 
 
A Prefeitura alega que vem pagando, desde janeiro, R$ 4.189,97 a Vidigal, que estaria recebendo sem trabalhar. O ex-prefeito rebate. Ele explica que o convênio pediu a cessão dos seus serviços para o MTE. “Não pedi para ir para o Ministério do Trabalho, foram eles que me requisitaram. Essa questão tem de ser resolvida entre a Prefeitura e o Ministério”, esclareceu. 
 
O convênio de cessão (49/2013), como explica o ex-prefeito, de fato foi assinado no dia 21/02/2013. Vidigal alega que está esperando uma decisão do MTE para efetivar sua nomeação. Ele acrescentou que a troca de ministros – saiu Brizola Neto e entrou Manoel Dias – pode ter atrapalhado o processo. Mas alega que não tem nada a ver com o impasse. “Ontem (28) mesmo estava com o ministro [Manoel Dias] e pedi para que ele acelerasse esse processo de contratação. Só que não depende de mim”, insistiu. 
 
O ex-prefeito disse que cabe à Prefeitura da Serra requisitar ao MTE o ressarcimento dos salários e da sua frequência. Vidigal, que é médico concursado da prefeitura há 32 anos, alega que se sente até constrangido com a situação. Ele alega que também é médico concursado do Estado e que está sem receber salário por causa do impasse. “Quando o Ministério do Trabalho acertar minha situação, vou pedir o ressarcimento dos salários do Estado que estou deixando de receber”, avisou.
 
Questionado se não poderia retomar sua função de médico no município e Estado até que o imbróglio se resolva, Vidigal justificou que o convênio celebrado com o MTE o impede. “Já fui cedido ao Ministério para assumir a Secretaria de Políticas Públicas e Emprego. Só posso retornar à Prefeitura se o ministro me devolver e cancelar o convênio”, explicou.
 
Vidigal ressaltou que até essa terça-feira (29) o Ministério do Trabalho não acusou o recebimento de nenhum documento da Prefeitura da Serra requisitando o ressarcimento de seus vencimentos. “Já disse, cabe a prefeitura pedir. Não posso fazer nada”. 
 
O ex-prefeito disse ainda que deve permanecer à frente da Secretaria de Políticas Públicas e Emprego somente até o período de desincompatibilização. Ele disse que no ano que vem deve retornar para o Espírito Santo para disputar as eleições. Vidigal deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. 

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