Presidência da Assembleia em 2021 já movimenta o cenário com dois nomes
A anulação da eleição antecipada da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, determinada pela Justiça Federal nessa quarta-feira (8), traz à tona no mercado político dois nomes sinalizados como os mais fortes para entrar na disputa da Presidência do Poder Legislativo do Estado, em fevereiro de 2021: os deputados Erick Musso (Republicanos), atual presidente, e Alexandre Quintino (PSL), com o apoio do governador Renato Casagrande (PSB).
Alexandre Quintino, coronel da Polícia Militar envolvido na paralisação da categoria em fevereiro de 2017, elegeu-se na esteira da punição que o atingiu na gestão Paulo Hartung em decorrência do movimento. Chegou à Assembleia com farda da PM, como o deputado Capitão Assumção.
Em pouco tempo, afastou-se do grupo oposicionista do então partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, e compôs com o governo. Tirou a farda e preside o partido, hoje controlado pelo governador. Articulou em Brasília a tomada do PSL, que expulsou o Capitão Assumção e desmantelou o bloco oposicionista composto ainda pelos deputados Danilo Bahiense, que ficou sem legenda para concorrer em Vila Velha, e Torino Marques. Ambos ainda no PSL apenas para não perderem os mandatos.
O futuro ocupante do cargo terá um campo ampliado para consolidar articulações relacionadas às eleições de 2022, com o cenário já definido nas gestões municipais de novembro deste ano. Dos 30 deputados da atual legislatura, pelo menos 13 entrarão na disputa às prefeituras, legitimando bases eleitorais ainda em ritmo de composição.
Nesse contexto, a influência de Renato Casagrande, natural candidato à reeleição, conta muito para quem pretende concorrer neste ano. É hora de fechar alianças de olho no que ainda está por vir, para garantir a vitória em novembro e considerando, também, que os prefeitos eleitos terão quase dois anos de relativa dependência da atual gestão estadual.
Hoje, dos 30 deputados da atual legislatura, Casagrande tem pelo menos 18 deputados fechados com ele, mais da metade da Assembleia, o que lhe dá folga na aprovação de matérias e em articulações nos municípios. Fecham com o governador os seguintes deputados: Adilson Espíndula (PTB), Hudson Leal (Republicanos), Euclério Sampaio (DEM), Janete de Sá (PMN), Raquel Lessa (Pros), Marcelo Santos (Podemos), José Esmeraldo (MDB), Renzo Vasconcelos (PP), Alexandre Xambinho (PL), Dary Pagung (PSB), Fabrício Gandini (Cidadania), Alexandre Quintino (PSL), Hércules Silveira (MDB), Iriny Lopes (PT), Marcos Garcia (PV), Luciano Machado (PV), Bruno Lamas (PSB) e Rafael Favatto (Patri).
Da atual legislatura, 13 dever concorrer às eleições municipais. Em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Capitão Assumção (Patri), da oposição ao governo, e Fabrício Gandini (Cidadania); Vila Velha, Dr. Hércules, Hudson Leal e Rafael Favatto (Pafri); Serra, Vandinho Leite (PSDB), oposição, Alexandre Xambinho e Bruno Lamas; Cariacica, Euclério Sampaio e Bruno Lamas; Linhares, Marcos Garcia; e Guarapari, Carlos Von (Avante).
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Comentários: 1
Fraquinho demais esse procurador geral da ALES... não poderia perder nunca uma ação inverossímil desta ajuizada pela OAB. Era a garantia inequívoca que precisava o seu chefe então Presidente da Assembleia