Quinta, 02 Mai 2024

Presidenciáveis fecham acordo e PSDB ficará no palanque de Casagrande

Presidenciáveis fecham acordo e PSDB ficará no palanque de Casagrande

A mobilização do Dia do Trabalhador, em São Paulo, serviu de pano de fundo para que os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) batessem o martelo sobre as movimentações no Espírito Santo. A decisão de cima para baixo vai consolidar uma movimentação que já vinha sendo feita no Estado. Nela, o governador Renato Casagrande, deixa a neutralidade, que vinha buscando para manter PT e PMDB em seu grupo, e assume a candidatura do ex-governador de Pernambuco.



Como o acordo prevê que só poderá haver um candidato ao governo, inviabiliza a movimentação dos aliados de Hartung dentro do ninho tucano de lançar a candidatura própria do ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, que serviria para fortalecer Hartung na disputa, já que o tucano entraria no pleito para rivalizar com Casagrande, evitando o embate direto com Hartung.



Também pelo acordo só poderá haver um candidato ao Senado. Aí entra em cena o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, que puxará o palanque de Aécio Neves no Estado. Esse acerto será comunicado aos demais membros do PSDB na reunião desta segunda-feira (5), em Vitória.



O acordo fecha de vez o a porta de retorno do PT ao palanque de Casagrande, caso não vingue a articulação com o PMDB no Estado. O governador havia oferecido o espaço para a candidatura ao Senado ao ex-prefeito de Vitória João Coser, que também poderia assumir a vice na chapa de Casagrande. Mas o partido havia se aproximado do PMDB.



Como há uma deliberação das nacionais tanto do PT quanto do PSDB para que os partidos não caminhem juntos nos Estados, havia a possibilidade de os tucanos fecharem com Casagrande. Mas a algumas lideranças tucanas privilegiavam ainda a política de grupo de Hartung e estudavam uma aliança informal com o PMDB, tendo a candidatura de Balestrassi ao governo como uma forma de manter a aproximação sem ferir a Resolução Tucana.



Hartung também já saberia do acordo nacional. Segundo interlocutores, o próprio Aécio Neves havia informado ao ex-governador sobre a movimentação com os socialistas. Com o enfraquecimento da estratégia para a disputa, a situação do ex-governador fica complicada. Além de ter de lidar com os conflitos internos que sua candidatura está causando no PMDB, ele perde uma alternativa no campo nacional.



Isso porque havia um entendimento entre os aliados de Hartung de que se a presidente Dilma Rousseff perdesse mais pontos nas pesquisas, o ex-governador não puxaria o palanque dela no Estado, migrando para a candidatura do tucano Aécio Neves. Com a costura com Casagrande, Hartung não poderá ser o candidato de Aécio e também fechou a  porta de retorno para o palanque palaciano como candidato ao Senado, vaga já ocupada por Luiz Paulo.



Quem também sai prejudicado nessa história é o PT. Se Hartung não assumir o risco da candidatura da presidente Dilma Rousseff, o partido terá de lançar candidatura própria ao governo do Estado, neste caso, o palanque deverá ser puxado pelo ex-prefeito João Coser. Como o partido não se preparou para uma disputa majoritária deste porte, vai sair prejudicado e ainda vai colocar em risco o projeto proporcional de manter a bancada de cinco deputados na Assembleia e a representação na bancada capixaba, com um deputado federal.

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