Sexta, 17 Mai 2024

Presidente Dilma lançará pacote de obras no Estado ao lado de Hartung e Ferraço

Presidente Dilma lançará pacote de obras no Estado ao lado de Hartung e Ferraço
A agenda administrativa discutida pela presidente Dilma Rousseff com o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e o senador Ricardo Ferraço (PMDB) faz parte de uma estratégia eleitoral que serve ao projeto de enfrentamento ao palanque socialista nos Estados na disputa presidencial no próximo ano. 
 
Segundo o jornal O Globo dessa quinta-feira (7), os peemedebistas estiveram reunidos com Dilma para avançar na estratégia montada pelo ex-presidente Lula para isolar Casagrande e tentar enfraquecer no Espírito Santo o palanque do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pelo PSB.
 
Ainda segundo O Globo, essa estratégia foi montada quando o PT entendeu que o palanque de neutralidade não atenderia ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, diante da candidatura do Pernambucano.
 
Dilma, que não esteve no Estado depois de eleita, em 2010, não virá anunciar obras ao lado do governador Renato Casagrande, para não fortalecer o socialista. Em vez disso, convocou o ex-governador e o senador para discutir a agenda administrativa. O que Ferraço anunciou como um encontro que não teve discussão política, na verdade, faz parte da estratégia eleitoral.
 
A visita da presidente, ainda este ano, será para anunciar o que o jornal chama de “pacote de bondades” em Vitória e deve creditar as conquistas aos peemedebistas, alijando o PSB de seu palanque. Entre as obras anunciadas, estarão demandas que vem sendo cobradas do governo do Estado há um bom tempo, como a retomada de obras da BR-262 e das obras do aeroporto de Vitória, embargadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2005.
 
Paralelamente ao encontro co Dilma, o ex-presidente Lula reuniu em São Paulo os petistas capixabas para dar um ultimato quanto à eleição do próximo ano. Lula, que é o articulador dos palanques de Dilma no País, determinou que os petistas aceitem a aliança com o PMDB, independentemente do candidato ao governo. 
 
No Estado, o partido defende a permanência no grupo de Renato Casagrande, visando à conquista de espaços políticos. Caso sejam obrigados a se aliar ao PMDB, vetam a candidatura de Ricardo Ferraço. A intenção do ex-presidente é tirar o PT capixaba do palanque socialista. 
 
Nesse sentido, o partido negocia os outros postos no palanque. O PT nacional tem deliberação para fazer senadores nos Estados com menor densidade eleitoral, como o Espírito Santo. No PT há uma disputa interna sobre quem deve disputar o Senado pelo partido. A senadora Ana Rita Esgário briga pelo direito à reeleição para o cargo e o ex-prefeito João Coser quer tomar o lugar dela na disputa do próximo ano.
 
Essa discussão passa pela eleição interna do partido, que acontece neste domingo (10), mas para os observadores do processo, a vitória iminente de Coser no processo deve manter o controle do partido nas mãos do ex-prefeito, que faz parte do grupo de Hartung. Assim, estaria consolidada a aliança entre PT e PMDB no Estado.
 
Não há garantias, porém, que uma vez eleito e escolhido como candidato do partido ao Senado, Coser vá mesmo encarar a disputa ou flexibilizar a articulação aceitando o cargo de vice na chapa de Hartung ou de Ferraço. 

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