Principais postulantes à vaga no Senado começam 2013 desgastados
Para os meios políticos a disputa pela vaga no Senado em 2014 será o pleito mais empolgante da eleição do próximo ano. E o cenário começa a ser montado este ano, com grandes incógnitas. As duas principais figuras cogitadas para a disputa, o ex-governador Paulo Hartung e a vice-presidente da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas, ambos do PMDB, começam 2013 com desgaste político e precisam recuperar musculatura, se quiserem viabilizar suas candidaturas para 2014.
Hartung fez muitas apostas na disputa eleitoral de 2012 e perdeu em praticamente todas as disputas importantes em que pôs a mão. A principal delas foi a disputa pela prefeitura da Capital, onde apoiou o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), derrotado por Luciano Rezende (PPS).
Além disso, Hartung vive um momento delicado, já que os ex-prefeitos presos na Operação Derrama são todo aliados do ex-governador, alguns, inclusive, muito próximos, como o ex-prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB), e o ex-prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (sem partido).
Rose de Freitas terminou o ano bem, sua atuação nas sessões do Congresso na discussão sobre o veto 38/2012 - de redistribuição dos royalties do petróleo - lhe deram um fortalecimento político na Câmara. Mas a deputada deu um passo maior do que a perna.
Entendeu que seu fortalecimento lhe permitiria chegar à presidência da Câmara, mas teve um desempenho desastroso na disputa eleitoral. Esse processo mal-sucedido causou desgastes para a deputada, não só na Casa, mas também perante às lideranças do PMDB nacional, que defendiam a candidatura de Henrique Eduardo Alves (RN). Rose acabou ficando mal também com o governo federal, que apostava em Alves. Tudo isso fez com que Rose perdesse parte de seu prestígio político com a presidente Dilma Rousseff. Os reveses em Brasília podem ter reflexos nos meios políticos locais.
A deputada estaria prestes a fazer uma mudança de partido, o que pode ser ainda pior para a construção de sua candidatura ao Senado. Se retornar ao PSDB, a deputada perde em peso político, pois o partido saiu pior do que o PMDB nas últimas eleições.
Em 2014, apenas uma vaga ao Senado estará em disputa. A cadeira é ocupada hoje pela senadora Ana Rita Esgário (PT), suplente do governador Renato Casagrande, que deixou o Senado em 2010 para assumir o governo do Estado. Ana Rita tenta construir sua candidatura à reeleição, mas o grupo de João Coser, que é majoritário no partido, deve apostar no nome do ex-prefeito de Vitória.
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