Domingo, 28 Abril 2024

PSDB capixaba deve intensificar discurso de oposição ao governo federal

PSDB capixaba deve intensificar discurso de oposição ao governo federal
Diante do novo momento de movimentação política, as articulações partidárias que pareciam bastante aceleradas no Estado, diminuíram o ritmo e as lideranças tentam buscar formas de se inserir na pauta de reivindicação dos manifestantes. O deputado federal César Colnago (PSDB) parece ter decidido enveredar por dois caminhos: o da discussão da Terceira Ponte e a da tentativa de focalização das insatisfações com o governo Dilma.
 
Por ter participado da CPI da Rodosol, na Assembleia, o deputado federal tenta pegar carona nas pautas da rua alegando um certo conhecimento de causa, embora a discussão seja de 2004 e desde então o deputado se manteve afastado dessa pauta. A retomada seria, para os meios políticos, uma tentativa de capitalizar com o momento político.
 
Do ponto de vista partidário, Colnago, assim como as lideranças nacionais do PSDB, tenta focalizar as insatisfações dos manifestantes à política implementada pelo governo petista, que sucedeu os tucanos na Presidência da República. 
 
Para os observadores do movimento das ruas, porém, a tentativa de apropriação do discurso dos manifestantes pode trazer mais prejuízos do que benefícios. A principal característica do movimento é justamente a rejeição aos três principais partidos do país: PT, PSDB e PMDB. As lideranças ligadas a essas três siglas que vêm disputando o poder há mais de duas décadas no Brasil não encontram eco nas manifestações.
 
A tentativa de focalização das manifestações para o PT não deve surtir efeito, já que o presidenciável tucano Aécio Neves também não tem a simpatia dos manifestantes. Tanto que começam a circular na internet campanhas para não votar em 2014 em lideranças políticas que tenham mandato. 
 
O PSDB capixaba, que passa por um momento de desgaste político com perda de espaço em prefeituras, no Estado e no Parlamento, quer encontrar um caminho para tentar se fortalecer buscando um discurso de oposição forte, já que nos dois mandatos do presidente Lula e nos primeiros anos do governo Dilma, o partido não conseguiu convencer o eleitor sobre seu projeto para o País. 
 
No Estado, o discurso contra o PT também pode se complicar, caso não se consolidem as costuras que os tucanos capixabas vêm fazendo com o palanque do governador Renato Casagrande, que vem tentando manter seu núcleo de apoio ao lado de PMDB e PT. Apenas um palanque independente poderia dar condições de o partido disparar contra seus grandes adversários nacionais. Mas para erguer um palanque independente, o partido precisa de uma liderança que abra espaço para Aécio Neves no Espírito Santo. 
 
O próprio Aécio vem tentando criar condições de o ex-governador Paulo Hartung ser essa liderança, mas o cenário que se desenha para 2014 não seria favorável a uma candidatura de Hartung ao governo do Estado. 

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