Sábado, 20 Abril 2024

PT amplia filiações no Espírito Santo e aguarda decisões da Nacional

jackeline_rocha_PT_leosa Leonardo Sá
Enquanto aguarda decisões da Executiva Nacional quanto a fechamento de alianças com outros partidos, o PT no Espírito Santo formaliza novas filiações neste sábado (26), em prosseguimento à campanha de ampliação de seus quadros, deflagrada depois da liberação pela Justiça do ex-presidente Lula. As conversas envolvem partidos de esquerda, e também de centro, como parte da estratégia de derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

"Respeitamos as posições do governador Renato Casagrande, mas vamos buscar o nosso caminho", pontua a presidente estadual do PT, Jackeline Rocha, em referência ao posicionamento do governador relacionado à formação de uma aliança com o PSB, com sinais desfavoráveis.

Essa demonstração foi registrada nessa terça-feira (22), durante o ato de filiação do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do deputado federal Marcelo Freixo ao PSB, em evento que fortalece a aproximação com o ex-presidente Lula, mas, de outro lado, contraria os projetos da atual gestão estadual.

O PT no Estado começa a construir, internamente, relação de nomes que poderão formar chapa para deputado estadual e, a depender das alianças, ao governo do Estado. Nos bastidores políticos, já estão na chapa à Assembleia o ex-prefeito João Coser, a deputada Iriny Lopes, que tentará a reeleição para um segundo mandato, e o ex-deputado Roberto Carlos, que retornou ao partido recentemente.

Estão previstos para o mês de julho novos atos de filiação, inclusive a refiliação dos professores aposentados da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Reinaldo Centoducante, ex-reitor, e Arlindo Vilaschi, que foi candidato ao governo do Estado pelo partido em 1986. No mesmo mês, haverá eleições setoriais da legenda, visando o fortalecimento da agenda de "tirar Bolsonaro", ressalta Jackeline.

Para ela, a tão comentada filiação do senador Fabiano Contarato, de saída da Rede, é importante, mas a prioridade, no atual momento, é garantir espaços para fortalecer a agenda visando acabar com as atrocidades que Jair Bolsonaro vem cometendo contra toda a sociedade, com os povos indígenas e o meio ambiente, destacando as denúncias de corrupção na compra de vacinas. "Temos um projeto nacional e teremos candidato", comenta, uma referência direta à movimentação do ex-presidente Lula, hoje líder das pesquisas eleitorais para 2022, que ela se apressa em atenuar: "Anda não é tempo de falar em candidaturas".

"O PSB tende a somar", afirma Jackeline, e enfatiza a importância desse partido nas negociações em torno das eleições para a Presidência da República em 2022, ressaltando a relação de diplomacia entre o PT e Casagrande, cujo posicionamento contrário dificulta a aliança, em nível nacional, principalmente se confirmada a filiação do senador Contarato e sua candidatura ao governo do Estado, concorrendo com Casagrande.

"Não aderimos aos ataques dos bolsonaristas da Assembleia Legislativa nem da Câmara de Vitória, porque entendemos que a crítica deve ser com respeito e com a abertura de diálogo", diz a presidente estadual do PT. Ela relembra as eleições de 2014 e 2018, quando o partido caminhou sozinho, em meio à crise instalada por conta da formação de frentes oposicionistas, que resultaram no impeachment de Dilma Roussef em 2016 e possibilitaram a eleição de Jair Bolsonaro.

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