PT capixaba segue tendência da nacional e permanece no governo do PSB
Assim como a decisão da cúpula socialista não afetou a aliança no Estado entre o PT e o governo Renato Casagrande, a sinalização do ex-prefeito João Coser de se colocar à disposição da nacional para a disputar o governo do Estado também não deve afastar os petistas da equipe do socialista no Espírito Santo.
Nesta quinta-feira (26), o presidente do partido, José Roberto Dudé, que é aliado de Coser no PT, reafirmou ao jornal A Tribuna a intenção do partido em permanecer no arco de aliança de Casagrande em 2014. Além de Pernambuco e Espírito Santo, o PSB governa outros quatro Estados no País: Ceará, Piauí, Amapá e Paraíba. Em todos eles a parceria segue como se não houvesse ruptura em nível nacional.
Até mesmo em Pernambuco, terra do presidenciável socialista Eduardo Campos, o PT permanece no governo ocupando as secretarias de Transportes e Cultura. Foi o presidente nacional do PT, quem orientou as lideranças daquele estado a continuarem em seus espaços políticos.
No Espírito Santo, a definição do PT foi no dia seguinte à decisão do PSB de entregar os cargos à presidente Dilma. O governador Renato Casagrande reafirmou sua intenção em permanecer no grupo da presidente, criticou a antecipação da discussão do ano que vem e reafirmou e manifestou sua vontade de manter a aliança com o PT.
Dudé também se manifestou sobre a posição de apoio ao governo socialista e sobre a facilitação que a postura de neutralidade de Casagrande em 2014 traz para a articulação eleitoral. Ele afirmou também que a parceria como PSB que se estende desde 1989 vai além da questão eleitoral. O PT ocupa duas secretarias no governo Casagrande – Turismo e Assistência Social –, além de ter o vice-governador.
No âmbito nacional, o PT considera a possibilidade de Casagrande abrigar o palanque petista com a postura de neutralidade. Já a discussão sobre a eleição própria do PT ao governo do Estado em 2014, as lideranças entendem que a fala de João Coser foi mais para dentro do partido.
Ele procura acalmar os ânimos com vistas na disputa interna para a presidência do partido, em que Coser concorre pela corrente Alternativa Socialista. As movimentações nacionais influenciam na discussão interna sobre o comando da sigla no Estado também.
O entendimento no partido é de que a prioridade é a reeleição da presidente Dilma Rousseff e, neste sentido, a acomodação no palanque de Casagrande é mais eficiente do que apostar no ex-prefeito de Vitória, que deixou a prefeitura em viés de baixa, após dois mandatos.
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