Está praticamente afastada a esperada coligação do PT estadual com o PSB de Renato Casagrande (PSB), que também se distancia do PCdoB, abrindo a possibilidade para o surgimento de novas composições e uma chapa completa do PT, inclusive com candidato ao governo.
Esse quadro pode ocorrer diante das pressões da base partidária, que rejeita, também, coligação com a senadora Rose de Freitas (Podemos), que concorre com Casagrande. Os entendimentos prosseguem até o dia 5, domingo, durante a convenção do partido.
No entanto, o partido já trabalha com nomes. A professora Célia Tavares, ex-secretária de Educação de Cariacica na gestão do deputado federal petista Helder Salomão, candidato à reeleição, está cotada para ser cabeça de chapa. Outros dois nomes são Genivaldo Lievori e Perly Cipriano.
Essa tendência, observada desde a coligação de Casagrande com o DEM e o PSDB, começou a se fortalecer nesta segunda-feira (30), com conversas entre lideranças petistas em torno de nomes que poderão disputar o governo do Estado.
A finalidade é construir um palanque no Estado para o ex-presidente Lula ou quem ele indicar, no caso de ser mantido o impedimento à sua candidatura à Presidência da República, inviável com coligações com partidos contrários aos movimentos petistas.
Os petistas rejeitam, entre outros aliados de Casagrande e de Rose de Freitas, o senador Magno Malta e sua mulher, a cantora da Lauriete, ambos do PR, o ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD) e o senador Ricardo Ferraço (PSDB), relator da reforma trabalhista do governo de Michel Temer, extremamente prejudicial aos trabalhadores.
O partido se volta para compor uma chapa completa e, ao mesmo tempo, amplia o número de postulantes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. Com essa iniciativa, o número de mulheres candidatas sofrerá alteração para 30% do total, segundo as regras da Justiça Eleitoral.
Já o PCdoB, que realiza a convenção no dia 4, sábado, deve confirmar o afastamento das duas candidaturas mais competitivas, Rose e Casagrande, e centralizar esforços na reeleição do deputado federal Givaldo Vieira e de deputados estaduais.