Terça, 30 Abril 2024

PT está prestes a fechar aliança com palanque de Paulo Hartung

PT está prestes a fechar aliança com palanque de Paulo Hartung
O presidente do PT capixaba, o ex-prefeito de Vitória João Coser, concluiu a série de conversas com as correntes internas do partido para discutir o cenário eleitoral do Estado. O partido se reúne nas próximas quarta e sexta-feira para uma avaliação geral, mas a decisão já está tomada. O PT vai mesmo caminhar com o PMDB na disputa eleitoral deste ano. Quem também deve fechar com o PMDB é o PDT, do ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal.
 
A aliança, alinhavada desde o ano passado com a interferência da nacional do partido e do ex-presidente Lula, vai garantir ao PT duas de suas metas para este ano eleitoral. A primeira é a garantia de um palanque para a presidente Dilma Rousseff no Estado, a segunda é o espaço para que João Coser possa disputar o Senado no palanque de Hartung.
 
Coser tem dito aos membros do partido que a aliança se dá por causa do comprometimento do ex-governador com os projetos eleitorais do PT. O grupo estaria puxando também o PDT para que componha a chapa majoritária na vice de Hartung. 
 
No PT houve reações da Democracia Socialista (DS) e da Articulação de Esquerda (AS). A primeira corrente tem como candidato a deputado estadual o ex-secretário de Turismo Alexandre Passos, com aliados no aparelho público, que sustentam sua eleição. A Articulação também reagiu, mas como é minoria dentro do PT no Estado, não tem força para mudar o cenário eleitoral.
 
Um problema que deve ser discutido ainda são os demais companheiros do palanque. Por força de uma resolução do PT nacional, o partido não poderá compartilhar palanque com o PSDB e o DEM. Como esses partidos já assinalam apoio ao ex-governador, haveria impedimentos para a aliança. 
 
Nos meios políticos, porém, o impasse com o PSDB já é visto como resolvido. O partido deve manter a candidatura própria, com o ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, em uma movimentação que beneficia a candidatura de Hartung, já que o tucano assumiu uma postura de oposição contra o governador Renato Casagrande em sua campanha. 
 
A articulação entre os três partidos afeta também o cenário da disputa proporcional. Isso porque em um cenário de unanimidade, havia a possibilidade da criação de um chapão, com PT, PMDB, PDT e PSB, que garantiriam mais da metade da bancada federal.
 
O PT neste cenário tinha condições de eleger dois deputados federais, mas deve diminuir essa meta. Já o PDT deve procurar internamente quem assumirá o cargo majoritário e quem vai disputar a proporcional. Se Vidigal for o vice, terá de encontrar um substituto para sua candidatura de deputado federal.
 
As movimentações dos partidos, caso se concretize, tiram dois importantes aliados do palanque do governador Renato Casagrande e incendeiam os bastidores das articulações majoritárias do Estado. 

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