Segunda, 06 Mai 2024

PT sai prejudicado com reedição da unanimidade na eleição estadual

PT sai prejudicado com reedição da unanimidade na eleição estadual
Caso avance a reedição do palanque de unanimidade para disputa eleitoral deste ano, quem sairá mais prejudicado será o PT. O ex-prefeito de Vitória, João Coser, corre o risco de perder espaço para a disputa ao Senado, como planeja o PT nacional.
 
 
A ideia na cúpula petista é montar uma chapa ao lado do PMDB para isolar o palanque do governador Renato Casagrande, com o objetivo de enfraquecer no Estado o presidenciável socialista, o governador de Pernambuco Eduardo Campos. 
 
A princípio o PMDB tentou emplacar o nome do senador Ricardo Ferraço para a disputa ao governo, mas o nome tem fortes resistências no PT nacional, além de fraco para o embate com Casagrande, o senador tem assumido uma postura oposicionista ao governo Dilma Rousseff, o que dificultaria a presença dele no palanque presidencial no Estado. 
 
Ricardo Ferraço na cabeça de chapa representa ainda outro prejuízo para o PT, já que abre caminho para que o ex-governador Paulo Hartung possa disputar o Senado pela chapa, fechando assim a porta para que Coser possa se candidatar à vaga. 
 
A aproximação de Hartung com Casagrande, porém, representa um risco ainda maior. A nacional do PT não deve permitir a presença do partido no grupo palaciano por conta da estratégia anti-PSB. Já no campo estadual, as manobras do grupo sinalizam a diminuição do espaço do partido. Na composição, Casagrande disputaria a reeleição, Hartung o Senado e o PT poderia no máximo repetir a candidatura à vice-governadoria, mas para manter o grupo unido existe ainda a possibilidade de dar o cargo de expectativa para outro aliado, ficando o PT sem nada. 
 
A movimentação pode forçar o PT capixaba a tomar uma atitude temerária para Coser. Como as lideranças locais relutam em apoiar a candidatura do senador Magno Malta (PR) – que também não confirmou ainda a entrada no pleito –, por questões ideológicas, o caminho da nacional seria forçar Coser a encabeçar palanque próprio para Dilma. O problema que o petista não te musculatura eleitoral suficiente para erguer esse palanque sozinho. 
 
Nesse sentido, a manobra de Coser e seu grupo para garantir a hegemonia no partido e a discussão de uma aliança com o PMDB, além da movimentação interna para construir a candidatura ao Senado podem ter sido em vão e o petista seria obrigado a assumir uma posição que fecharia seu espaço político no grupo palaciano. 
 
Como a Resolução do PT Nacional para as eleições do próximo ano determina entre seus itens a aprovação prévia de uma comissão eleitoral nacional para o fechamento de alianças nos Estados, Coser ficará submetido à determinação do partido para se posicionar  no tabuleiro eleitoral deste ano. 

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Segunda, 06 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/