Terça, 30 Abril 2024

Quatro anos depois, articulação nacional pode provocar reviravolta no Estado

Quatro anos depois, articulação nacional pode provocar reviravolta no Estado
Quatro anos depois do encontro com o então presidente Lula e lideranças do PMDB e PSB que tiraram Ricardo Ferraço (PMDB) da candidatura ao governo do Estado, colocando Renato Casagrande à frente do palanque palaciano, uma nova reviravolta no tabuleiro eleitoral do Estado está sendo alinhavada em Brasília. 
 
Como adiantou a coluna Socioeconômicas desta quinta-feira (20), um encontro entre o ex-presidente Lula, o ex-governador Paulo Hartung, o presidente estadual do PT, o ex-prefeito de Vitória João Coser e o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), deu início à negociação para a construção de um palanque alternativo para disputar o governo do Estado. A deputada federal Iriny Lopes (PT), porém, nega que Coser tenha participado desse encontro. De outro lado, fontes de Brasília confirmam que Hartung e Vidigal participaram.
 
Polêmica à parte, a costura teria Hartung como candidato ao governo do Estado, com a incumbência de isolar o palanque socialista de Eduardo Campos no Espírito Santo, único Estado governado pelo PSB fora do Nordeste. A articulação atende ainda ao interesse do PT nacional em ter um palanque exclusivo para a presidente Dilma Rousseff no Estado, além de assegurar a candidatura ao Senado a um petista, no caso, Coser.
 
O PDT entra em uma fila sucessória podendo governar o Estado em 2018, quando o governador, caso a chapa seja vencedora, se afastar do cargo. A movimentação do grupo do ex-governador antes do encontro e durante a semana, já dava os sinais dessa articulação, mesmo com o interesse de manter o assunto em sigilo. 
 
A movimentação começou na verdade depois do carnaval com a divulgação do estudo por parte de economistas (Haroldo Correa e Ana Paulo Vescovi) ligados ao gabinete do senador Ricardo Ferraço (PMDB) sobre o aumento dos gastos do Estado no governo Casagrande. O senador, em várias ocasiões, veio a público para tentar desvincular sua imagem da divulgação do estudo. 
 
Este movimento precedeu a prestação de contas do governador Renato Casagrande na Assembleia, no último dia 10. O tema foi abordado de forma provocativa pelo deputado estadual Paulo Roberto (PMDB), que fora líder do governo na gestão Paulo Hartung. 
 
Na mesma semana, Vidigal também fez sua movimentação ao injetar no mercado político a ideia de que poderia disputar o Senado, mostrando que estava fora da mesa de negociação de Casagrande e que também queria seu espaço.
 
Outro importante elemento desta movimentação foi o Encontro de Delegados do PT no último sábado (15), quando Coser consolidou seu protagonismo no partido ao ser confirmado como o candidato do PT à majoritária, o que limpou o campo ao tirar a senadora Ana Rita do processo. 
 
Do outro lado o governador Renato Casagrande também tenta fortalecer seu palanque buscando atrair o senador Magno Malta (PR) para seu grupo. Com a vaga do Senado em aberto – já que Casagrande guardava a vaga para Hartung ou Coser –, o PR pode ganhar o lugar com a candidatura do delegado Fabiano Contarato. 
 
O novo cenário eleitoral que se mostra polarizado entre o governador e seu antecessor  ainda não é definitiva, mas deve causar uma reviravolta na acomodação das demais forças políticas, agora divididas entre os dois palanques que se apresentam para a majoritária. 

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