Sexta, 03 Mai 2024

Queda na aprovação de Dilma complica articulações do PT no Estado

Queda na aprovação de Dilma complica articulações do PT no Estado
O PT capixaba ganhou um elemento a mais para ser discutido em seu Processo de Eleição Direta (PED), que define não só a nova direção do partido, mas também seu posicionamento para a eleição do ano que vem. A queda de 27 pontos na popularidade da presidente Dilma Rousseff acende um sinal de alerta no partido. 
 
Com uma chapa forte de deputado federal, que pode levar uma vaga e meia – caso o sistema proporcional ainda valha para a eleição do próximo ano – e com cinco deputados estaduais, a maioria disputando a reeleição, o PT tinha como trunfo para buscar um bom posicionamento em 2014 a reeleição tida como certa de Dilma Rousseff. 
 
O partido era atraente para a classe política porque Dilma seria uma puxadora de votos, mas com a queda de popularidade, fica a dúvida se as lideranças que pretendiam erguer palanque para a presidente ainda vão querer a companhia do PT. 
 
A situação para o partido fica complicada, já que há uma prioridade colocada para regional, que é a reeleição de Dilma. Os olhos da Nacional ficam focados no Espírito Santo porque a presidente perdeu a disputa nos maiores colégios eleitorais do Estado em 2010, e por isso a cúpula petista chama suas lideranças locais à responsabilidade. 
 
Outro elemento a ser discutido é a proximidade de Dilma com o senador Magno Malta (PR). Ele não tem outro caminho para construir um palanque ao governo do Estado senão o de Dilma, mas o PT capixaba resiste à ideia de se aliar ao republicano. 
 
Uma saída para o partido seria a substituição do presidenciável em 2014. O ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno, sem dificuldade, mas se houver movimentação nesse sentido, o partido deve protelar a mudança até às vésperas do processo eleitoral, para evitar desgastes da imagem do ex-presidente. O PT local teria, até lá, de conversar com os aliados com a realidade atual, tendo Dilma como candidata. 
 
Apesar de ter uma chapa proporcional forte, o partido não tem condições de apresentar uma candidatura majoritária forte. Trabalha com a ideia de compor a vice na chapa de Renato Casagrande (PSB) à reeleição ou em uma possível aliança com o PMDB, se o ex-governador Paulo Hartung disputar pelo partido ou indicar o senador Ricardo Ferraço (PMDB) candidato. Isso também não garante um palanque para Dilma, dado o histórico do grupo do ex-governador com a eleição presidencial na última década. 

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