Segunda, 29 Abril 2024

Queda na aprovação de Dilma reflete no cenário político do Espírito Santo

A pesquisa CNI/Ibope sobre avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff, divulgada nessa quinta-feira (26), deve movimentar ainda mais o mercado político do Estado no que tange à discussão sobre os palanques eleitorais. Para os meios políticos, a pressão das nacionais aumenta sobre as lideranças locais no sentido de ocuparem o espaço da disputa presidencial no Estado. 
 
Segundo o levantamento, a avaliação positiva do governo caiu de 43% para 36% em relação ao levantamento anterior, de dezembro. Passou de 35% para 36% o percentual dos entrevistados que consideram o governo regular e aumentou de 20% para 27% os que avaliam o governo como ruim ou péssimo.
 
A pesquisa mostra que na comparação com novembro de 2013, todos os indicadores registraram redução. O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom caiu de 43% para 36%. A aprovação da maneira de governar da presidente Dilma caiu de 56% para 51%. 
 
O levantamento mostra ainda que a parcela da população que confia na presidente caiu no limite da margem de erro de 52% para 48%. O descontentamento aumentou com relação às políticas econômicas, refletindo a maior preocupação com relação à inflação e ao desemprego.
 
Este cenário eleitoral deve aumentar a pressão das nacionais no Estado. Mesmo com o pequeno eleitorado do Espírito Santo, a disputa presidencial deve se acirrar e os votos do Estado passam a ser importantes em um contexto dele eleição difícil. A pressão aumenta sobre principalmente sobre o palanque palaciano. Com o governador Renato Casagrande oferecendo uma candidatura de neutralidade para manter em seu palanque os aliados do PT e do PMDB. 
 
Com a possibilidade de o PMDB encabeçar um palanque alternativo, articulado pelo ex-presidente Lula, o PT nacional deve cobrar mais empenho na costura, já que para o grupo de Lula, o palanque de neutralidade não atende a necessidade de um empenho na campanha da presidente, ainda mais com o retrospecto negativo do PT nas eleições passadas no Espírito Santo. 
 
A dúvida no mercado político do Estado sobre a campanha da presidente é se uma vez registrada a queda, o ex-governador Paulo Hartung vai assumir o palanque da presidente, já que teria que adotar uma postura ativa, como puxador de votos para a presidente. Como Hartung não tem o perfil de socorrer lideranças em queda eleitoral, aumenta a dúvida sobre sua entrada no pleito, capitaneando o palanque PMDB-PT no Estado.
 
Por outro lado o PSB, no intuito de ocupar os espaços no momento de desgaste da presidente, também vai aumentar a pressão sobre o governador Renato Casagrande para que assuma a candidatura do correligionário, o governador de Pernambuco Eduardo Campos. Também influi neste cenário o fato de a principal aliada de Campos, a ex-senadora Marina Silva, ter vencido a eleição no primeiro turno em Vitória e Vila Velha, na disputa presidencial de 2010.

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