Sexta, 26 Abril 2024

Quintino considera fusão PSL-DEM positiva e não vê oposição a Casagrande

alexandre_quintino_ellencampanharo_ales Ellen Campanharo/Ales
Ellen Campanharo/Ales

Aliado do governador Renato Casagrande (PSB), o presidente estadual do PSL, deputado Alexandre Quintino, considera positiva a fusão do seu partido com o Democratas (DEM), formalizada em nível nacional com a criação do União Brasil, nessa terça-feira (5). Ele não vê movimentos de oposição sistemática ao governo do Estado por parte de integrantes das duas siglas com mandato na Assembleia Legislativa.

"Não tenho a visão de que exista esse tipo de oposição ao governo", retruca Quintino, ao comentar posicionamentos de Ferraço, que exerce oposição sistemática ao governo. Para Quintino, no entanto, são posições "contrárias apenas em algumas pautas". Quanto a Torino Marques, o parlamentar observa que "ele faz um trabalho brilhante", com posicionamentos pessoais.

Ao afirmar que não vê oposição à gestão Casagrande na Asssembleia por membros dos dois partidos, o deputado Alexandre Quintino faz referência aos também deputados Theodorico Ferraço, do DEM, e Torino Marques, PSL, do bloco de parlamentares que se autointitulam independentes. Os dois fazem parte do bloco oposicionista, integrado também pelo Capitão Assumção (Patri) e Carlos Von (Avante).

O parlamentar cita ainda a ex-presidente do DEM no Espírito Santo, deputada federal Norma Ayub, casada com Ferraço, e o prefeito de Cariacica Euclério Sampaio, ex-deputado estadual, como políticos do DEM que não fazem oposição ao governo.

Questionado sobre o papel do ex-senador Ricardo Ferraço, que substituiu Norma Ayub na presidência do partido, Quintino reforça comentários do mercado político de ele será candidato ao Senado ou ao governo do Estado. O ex-senador permanece em silêncio sobre as atuais articulações, depois da derrota na reeleição ao Senado em 2018, pelo PSDB.

A opinião de Alexandre Quintino contraria notícias que correm nos bastidores políticos, que apontam dificuldades para formalizar alianças para 2022, previsão que ganha reforço com a debandada esperada de membros no PSL, que acompanharão o presidente Jair Bolsonaro, que está prestes a se filiar ao PP. "Haverá redução", reforça Quintino, e destaca que o partido, atualmente, está pacificado.

Em 2020, o PSL estadual atravessou uma fase bastante tumultuada, resultando na expulsão do deputado Capitão Assumção, hoje no Patriota, pelo então presidente, Amarildo Lovato. Na época, o governador Renato Casagrande conseguiu o controle da sigla, que elevou Quintino à Presidência, forçando a saída do deputado Danilo Bahiense (sem partido).

O União Brasil será constituído por membros dos dois partidos e, apesar de ter sido aprovado nesta semana, já nasce com problemas decorrentes de situações antagônicas não só entre lideranças nacionais. Com o objetivo de apontar a chamada terceira via para concorrer à Presidência da República, o partido tenta o equilíbrio eleitoral diante de situações complexas em estados e municípios.

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