Reaproximação com Executivo diminui oposição ao presidente da Assembleia
A nomeação da ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM) para assessoria técnica na Casa Civil vem causando reações nos meios políticos que colocam o marido dela, o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço, no centro das atenções.
Há críticas duras à nomeação se deram por conta dos desgastes políticos causados pela Operação Derrama, que repercutiu negativamente na imagem de Ferraço no início do ano e contaminou a visibilidade da Assembleia. Os deputados se sentiram afetados com o escândalo, o que causou desgastes que podem ter efeitos na disputa eleitoral do próximo ano.
Esse desgaste teria sido o motivo de um afastamento do governo com o Legislativo, que trouxe prejuízos para os dois lados. A nomeação de Norma Ayub para o governo, mais do que sinalizar a ampliação da base de apoio do governador Renato Casagrande, incluindo o DEM no grupo, a nomeação da mulher de Ferraço marca a reaproximação do Executivo com o Legislativo.
Se para o governo essa reaproximação é importante para diminuir os desgastes com os deputados, para Ferraço, que tem dois anos de gestão à frente da Assembleia, a medida também é necessária. Mesmo depois de passado o escândalo da Derrama, Ferraço continuou encontrando problemas na Casa. Desempenha um mandato muito diferente do que teve no período em que assumiu temporariamente o comando com a ida do deputado Rodrigo Chamoun para o Tribunal de Contas do Estado (TCES), que assumira a presidência da Casa no início desta legislatura.
Nos últimos dias, Ferraço evitava, inclusive, comandar as sessões da Assembleia. Passou a sofrer críticas dos colegas de plenário e cobranças. Com a indicação da mulher para a Casa Civil, setor do governo responsável também pela interlocução com a Assembleia, o governo fortalece a imagem do presidente da Casa e contribui para a diminuição da tensão no plenário em relação ao demista.
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