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Reeleitos encontrarão cenário mudado a partir de 2017 na Grande Vitória

Quatro dos sete prefeitos que compõem a região metropolitana de Vitória conquistaram em outubro passado a reeleição para seus mandatos: Luciano Rezende (PPS), em Vitória; Audifax Barcelos (Rede), na Serra; Geraldo Luiza, o Juninho (PPS), em Cariacica, e Gilson Daniel (PV), em Viana. Em Guarapari, Edson Magalhães (PSD) retorna à gestão, assim como Max Filho (PSDB), em Vila Velha. Fundão aguarda definição da justiça eleitoral.

Somados, esses prefeitos comandam mais da metade do eleitorado do Espírito Santo e no jogo político do Estado, podem se tornar peças importantes, assim como os adversários deles que saíram derrotados no processo eleitoral de outubro passado. Mas tudo vai depender de suas movimentações políticas.

Luciano Rezende foi eleito com um amplo palanque de aliados em uma dura eleição contra o deputado estadual Amaro Neto (SD), mas continua mantendo mão de ferro em sua gestão. Ouvindo um pequeno grupo de aliados, Rezende é um dos nomes cotados para um futuro cenário político, que se desenhará a partir de 2022 com novas lideranças, a partir do fim dos ciclos (pelo menos no que se refere à chefia do Estado) de Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB) na eleição de 2018. Fim do ciclo para Hartung porque mesmo que ele busque o segundo mandato, não tentaria retornar ao governo em 2026. E para Casagrande que já teria dificuldade para a próxima eleição e ficaria ainda mais distante do Palácio Anchieta para uma nova tentativa em 2022.

Mas se por um lado Luciano se preserva governando com seu pessoal, por outro, dificulta uma movimentação com um grupo tão restrito. Seu principal articulador é o vereador Fabrício Gandini, mas até que ponto ele pode chegar com as articulações vai depender, não só dos movimentos políticos como do desempenho do prefeito no segundo mandato.

Quem chegou a falar do interesse no Palácio Anchieta foi o prefeito da Serra, Audifax Barcelos, antecipadamente, inclusive, o que causou reação adversa no município. Para se credenciar a um voo mais alto, o prefeito tem dois desafios: o primeiro é o de fazer uma gestão melhor do que a passada, até porque seu adversário Sérgio Vidigal (PDT) estará de olho em seu desempenho. Além disso, terá que agir partidariamente, fortalecendo a Rede em nível estadual para ter uma estatura que lhe garanta uma disputa ao governo, o que deve acontecer somente em 2022.

O prefeito de Cariacica, Juninho, não sinaliza até aqui a intenção de disputar o governo. Deve encerrar o mandato de prefeito e se preparar para uma disputa proporcional em 2022. O mesmo deve acontecer com o prefeito de Viana, que tem um capital menor, mas que conseguiu uma organização no município. Gilson Daniel, porém, deve pensar em voos mais baixos como a Assembleia.

Max Filho é uma incógnita. O tucano se preparava para uma disputa ao governo na sucessão de César Colnago (PSDB), mas com as incertezas do cenário político capixaba, não se sabe nem se o vice-governador vai mesmo assumir o governo em abril de 2018, como foi prometido pelo titular da cadeira ao tomar posse em 2015. Governando o maior colégio eleitoral do Estado pela terceira vez, o tucano terá que observar as movimentações no cenário eleitoral e em seu partido para definir seu futuro político.

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