Sexta, 26 Abril 2024

​Rejeição a Bolsonaro se reflete na baixa pontuação de candidatos que apoia

lorenzo_coser_gandini_ales_leonardo_sa Leonardo Sá

A manutenção do índice de intenções de votos da candidatura do ex-prefeito João Coser (PT) nas eleições deste domingo (15) se relaciona à rejeição ao governo Bolsonaro em Vitória, que está entre as capitais onde atual governo é reprovado pela maioria da população. Esse cenário é o mesmo da maioria das capitais brasileiras. 

Uma evidência desse quadro é a baixa pontuação do Capitão Assumção (Pagriota), que usou o nome do presidente em sua campanha, e o ritmo mantido pelo candidato do PT, partido visto como o maior adversário do atual governo, apesar do crescimento maior de Pazolini nos últimos dias da campanha.

Embora concorrendo pelo Republicanos, partido ligado ao presidente e que acolheu familiares seus, Pazolini manteve o nome de Bolsonaro fora da campanha eleitoral, estratégia que o manteve longe da figura presidencial, desgastada depois de quase dois anos de gestão. Do mesmo jeito, também mantém distante do eleitorado sua relação com o ex-senador Magno Malta (PL), o que já vinha fazendo desde as eleições de 2018.

Nesse sábado (14), a pesquisa Ibope/Rede Gazeta mostrou empate técnico entre Coser, Pazolini e o candidato da situação, Fabrício Gandini (Cidadania). Na análise dos votos válidos, Pazolini aparece com 27%, e Coser e Gandini com 26%. O crescimento de Pazolini marca, assim, 14 pontos a mais, desde meados de outubro.

Já na pesquisa realizada pelo Futura/Rede Vitória, João Coser aparece com 28,7%, seguido por Pazolini (Republicanos), com 24,8%, e Gandini (Cidadania), 20,4%. 

O levantamento da Futura, que, como o do Ibope, tem uma margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, aponta que na evolução da intenção espontânea de voto, João Coser aparece na primeira com 7%, foi a 17,2%, e chega a 21,5%, enquanto Pazolini, que começou com 4,3%, passou a 13,3% e alcança 18,8%. Gandini começou com 8,3%, foi a 13,3%, e agora aparece com 15%.

Nos dois casos, Assumção, que se coloca como "bolsonarista legítimo" no Espírito Santo, manteve a variação de 5% a 7%, como no último mês. 

Os outros candidatos são  Sérgio Sá (PSB) e Neuzinha de Oliveira (PSDB), que vêm logo atrás de Assumção, e depois Mazinho (PSD), Coronel Nylton, Gilbertinho Campos (Psol), 1%, Namy Chequer (PCdoB), Halpher Luigi (PL), Raphael Furtado (PSTU) e Eron Domingos (PRTB).

Expectativa

Nesse sábado, véspera do pleito, Coser se disse "muito confiante e feliz para essa eleição. Acredito que Vitória vai saber escolher com lucidez seu novo gestor. Sigo bastante motivado, principalmente pelo carinho que tenho recebido das ruas. É tanta demonstração de apoio, de 'Volta João' que deixa a gente realmente muito amimado. Fizemos uma grande carreata de encerramento e fechamos esse último dia antes da eleição com a sensação de que cidade está conseguindo voltar a dialogar novamente". 

O petista vota na manhã deste domingo, na EMEF Otto Ewald Júnior, em Itararé.

Pazolini, que vota na Faculdade de Direito de Vitória, também pela manhã, afirmou que fez uma campanha apresentando propostas e projetos e apontou para mudanças: "O que nós desejamos é que os eleitores de Vitória possam ir votar com tranquilidade e segurança, respeitando as indicações da Justiça Eleitoral em relação à pandemia. Fizemos uma campanha propositiva, apresentamos nossos projetos de paz e igualdade para a Capital. Estamos certos de que as pessoas enxergam em nós uma mudança verdadeira, que começa com a nossa ida para o segundo turno", declarou.

Gandini vota na escola Adevalni Sysesmundo Ferreira de Azevedo (Asfa), em Jardim Camburi. O deputado preferiu não comentar sobre o que espera da votação deste domingo.

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