Sábado, 27 Abril 2024

Renato Casagrande tenta manter afastamento eleitoral no primeiro semestre

Renato Casagrande tenta manter afastamento eleitoral no primeiro semestre
No início de dezembro do ano passado, o governador Renato Casagrande afirmou à imprensa que só iria se posicionar sobre o processo eleitoral deste ano no final de maio ou início de junho, quando começam as convenções. Mesmo diante das mudanças no cenário eleitoral, com a iminência do surgimento de um palanque alternativo erguido pelo ex-governador Paulo Hartung (PMDB), o governador insiste em manter o afastamento do processo eleitoral no primeiro semestre. 
 
Para os meios políticos, essa protelação pode prejudicar a composição de seu palanque. Isso porque o PMDB já iniciou uma série de debates pelo Estado para discutir o processo eleitoral, inclusive sobre a possibilidade de lançar o palanque próprio com o ex-governador. O partido também vem discutindo uma plataforma eleitoral, com o discurso de comparação entre o governo de Hartung e o modelo de gestão capitaneado pelo socialista. 
 
Em âmbito nacional, o grupo do ex-presidente Lula mantém a ideia de que o palanque de neutralidade na disputa presidencial, que é oferecido por Casagrande, não atende à necessidade da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O ex-presidente tem sido firme com interlocutores na meta de isolar o presidenciável socialista Eduardo Campos nos Estados, sobretudo governados pelo PSB, como é o caso do Espírito Santo. 
 
Embora tenha negado as conversas com lideranças fora de sua base, como o PSDB e o PR, interlocutores do Palácio Anchieta sustentam que diante da iminência de um racha no núcleo de partidos que construíram o palanque de unanimidade em 2010, o governador estaria sim buscando novas forças para sustentar sua candidatura à reeleição. 
 
Mesmo não se posicionando sobre o processo eleitoral, nos últimos dias, o governador tem mandado uma série de recados abstratos para os aliados que insinuam deixar a base. Mas sem uma rápida posição definitiva, seus aliados temem que o governador seja surpreendido antes do fim do semestre. 

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