​Renúncia de candidato do PTB em Alegre favorece coligação do PP

A renúncia do ex-prefeito José Carlos José, o Caléu, em disputar a Prefeitura de Alegre (sul do Estado) pelo PTB, anunciada nesta quarta-feira (30), favorece a campanha do Capitão Romullo Augusto (PP), segundo avaliação de lideranças políticas. Ele teve o nome apresentado na reta final do registro de chapa na Justiça Eleitoral, depois da desistência do cantor Toni Lemos, o "Elvis Presley capixaba". 

A situação de Caléu era vista como insustentável no município desde que ele registrou a sua chapa com o título eleitoral de outra pessoa. Além disso, o ex-prefeito foi condenado por improbidade administrativa, teve sentença anulada, mas, em 2018, parte de seus bens foi leiloada por determinação judicial em decorrência de processo movida pelo Ministério Público Estadual (MPES). 

Além da questão do registro com o título de eleitor de outra pessoa - José Gomes de Oliveira -, e de denúncias, a renúncia de Caléu também está relacionada ao seu próprio título de eleitor, que está suspenso por ele não ter feito a biometria, exigência da Justiça Eleitoral, como apontam lideranças locais. 

Teria pesado na decisão, também, o fato de um genro dele, Theo, candidato a vereador, ser o maior puxador de votos da chapa do PSB, que está na coligação com o PP, Cidadania, PSL, PDT e PV,  tendo como cabeça de chapa o Capitão Rômullo e na vice Rodrigo Vargas (Cidadania).

Ele foi apresentado como candidato na convenção do PP no último dia 10. Nos meios políticos, a informação é de que Toni Lemos será o secretário de Cultura, caso o candidato obtenha a vitória nos votos, e já se prepara para uma campanha à Assembleia Legislativa em 2022.

A disputa em Alegre conta agora com seis candidatos: além do palanque do PP, Romario Brasil (DEM), Belmiro (PMB), Zé Pedro (PSD), Nemrod Emerick – Nirrô (Solidariedade) e Alexandre Nazário (PT).