Terça, 30 Abril 2024

Ricardo Ferraço à frente de comissão estratégica preocupa governo federal

Ricardo Ferraço à frente de comissão estratégica preocupa governo federal
O senador Ricardo Ferraço assumiu nessa quarta-feira (19) um dos postos mais estratégicos para o PMDB nacional no Congresso. À frente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, que tem o papel de controlar e fiscalizar as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ele se torna importante para a manobra do PMDB de pressionar o Palácio do Planalto.
 
A presença de Ricardo no comando da comissão é um incômodo não só porque ele é considerado um dos senadores mais críticos do PMDB ao governo federal no Senado. O protagonismo do parlamentar no entrevero diplomático com a Bolívia, no ano passado, ainda repercute em Brasília. 
 
Em agosto de 2013, o senador ganhou destaque na mídia ao dar fuga ao senador oposicionista boliviano Roger Pinto Molina, que se encontrava asilado por 452 dias na embaixada brasileira. Ricardo Ferraço irritou a presidente Dilma ao dizer que protegeu um perseguido político, como a presidente, que foi presa durante a ditadura militar.
 
Se Ricardo Ferraço à frente da Comissão de Relações Exteriores já era um problema para o governo federal, pois garantia uma visibilidade tocando em assuntos delicados, o trabalho na fiscalização da Abin pode lhe render uma musculatura importante para o PMDB. 
 
Em geral, as reuniões da comissão são secretas, restritas aos membros e servidores credenciados. A comissão tem ainda a função de assegurar que as atividades do Sistema Brasileiro de Inteligência sigam o que determina a Constituição e as normas do ordenamento jurídico nacional, em defesa dos direitos e garantias individuais. Mas a preocupação das lideranças é que Ricardo terá a chave do cofre da inteligência brasileira, o que pode ser um risco para o governo federal. 
 
O senador substitui o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG). Na Comissão vai acompanhar todas as atividades de obtenção e análise de dados e informações, e de produção e difusão de conhecimentos , dentro e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

 
Nos próximos dias, a comissão deve se reunir para  apresentar um plano de trabalho, “considerando a votação do último ano, que finalmente deu condição e estrutura para que a comissão possa funcionar em caráter permanente, contínuo, e não apenas em razão de circunstâncias ou situações”, disse o senador à Agência Senado.

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