Ricardo Ferraço conquista PMDB com apoio a Casagrande, diz deputado
O deputado Marcelo Santos (PMDB) comemorou a decisão do senador de seu partido Ricardo Ferraço em abrir mão de uma candidatura ao governo e declarar apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Para o deputado, que defende a aliança do partido com o palanque palaciano, a atitude do senador atende o conjunto do partido.
Santos acredita que o PMDB vai garantir à estadual o direito de escolher o caminho que seguirá na eleição. O deputado afirma que, pelo mandato de senador, Ricardo Ferraço tem hoje a maior patente dentro do partido, podendo discutir o cenário eleitoral tanto na esfera nacional quanto no Estado. “Ricardo mostrou a responsabilidade do PMDB no Espírito Santo. Ele foi eleito o segundo melhor senador e mostra que tem uma função de estadista”, afirmou. Marcelo Santos defende dentro do partido a unidade, o que significa repetir a aliança que elegeu Renato Casagrande em 2010.
Essa posição, que agora é defendida pelo senador, agrada, segundo Marcelo Santos, a maioria do partido, e praticamente todos os deputados estaduais, os prefeitos, vices e presidentes das municipais. O deputado destacou ainda que a decisão de Ricardo Ferraço não causou qualquer tipo de racha no partido.
Sobre a movimentação nacional, que aponta a candidatura do ex-governador Paulo Hartung ao governo, e da deputada federal Rose de Freitas ao Senado, que partiria da cúpula peemedebista, o deputado foi enfático ao afirmar que os únicos nomes que apresentaram ao partido o desejo de disputar a eleição foram Ricardo Ferraço e Rose de Freitas. Qualquer outro nome, crava: é especulação. “Tirando os dois, nenhum outro colocou o nome”.
Já sobre os encontros regionais que vêm acontecendo e apontando também o nome de Hartung para o governo, o deputado explicou que apesar de legítimos, podem ser puxados por qualquer filiado, mas reforçou que, de forma oficial, nenhum outro nome se apresentou. O partido, lembrou o parlamentar, tem até o dia 30 de abril para decidir sobre seu posicionamento na eleição e se nenhum nome se colocar até lá, a tendência é definir o apoio à reeleição de Casagrande.
O deputado também comentou o posicionamento do colega de bancada, Paulo Roberto que se coloca contrário à aliança de Casagrande, afirmando que os demais membros da bancada são favoráveis. “Não se pode, por uma decisão unilateral, querer decidir o futuro do Espírito Santo”, disparou o deputado.
Já sobre a influência da disputa presidencial na eleição do Estado, o deputado acredita que o PMDB tem como prioridade alianças proporcionais, deputado estadual e federal. E, destacou o deputado, o próprio presidente do partido no Estado, deputado federal Lelo Coimbra, já admitiu a dificuldade de encontrar uma coligação que caibam os sete deputados do PMDB na Assembleia.
“Modéstia à parte, são sete deputados com votação expressiva, é difícil garantir uma coligação com cabeça braços e pernas. Não adianta discutir a cabeça em detrimento do resto do corpo. O PT também tem essa prioridade. Então, acredito que neste sentido, as nacionais vão deixar a decisão o PMDB local”, disse.
O deputado afirmou ainda que a postura do governador Renato Casagrande de não deixar que o cenário nacional influa na disputa estadual atrai as alianças. Mas, sobre a possibilidade de Hartung estar na lista de candidatos a governos estaduais do PMDB nacional, o deputado destaca que a Executiva tem ouvido todas as lideranças estaduais que a procuram, mas que o PMDB em momento algum procurou esse ou aquele político do Espírito Santo, ele está aberto a todos os políticos do Espírito Santo.
“O PMDB está recebendo a todos, mas não está pinçando políticos para disputa. O PMDB precisa de quadros para o Senado e para a Câmara dos Deputados, e nisso estamos trabalhando. Essa é a conta que está sendo feita”, finalizou.
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